Adiar a escolha do candidato é injetar combustível na discórdia.
Há um evidente clima de disputa interna acirrada entre os apoiadores dos pré-candidatos a prefeito no grupo de Ronaldo Dimas (Podemos). É isso que transparece nos eventos da prefeitura, dentro dos órgãos públicos municipais e, principalmente, nas redes sociais, onde os embates são mais frequentes e calorosos.
Enquanto os 'soldados' da gestão municipal travam uma guerra entre si pela preferência de Dimas, de maneira quase inconsequente e irracional, a oposição navega em águas tranquilas no trabalho de consolidação de um nome que já desponta bem na preferência do eleitor e faz o seu dever de casa, que é "varrer para dentro", na linguagem política.
Um reino dividido se destrói sozinho. Nem precisa de inimigos. Sabedoria bíblica! Contudo, Dimas parece não perceber o efeito colateral dessa guerra, a possibilidade de fragmentação e implosão do próprio grupo.
São quatro pré-candidatos no grupo: Wagner Rodrigues (SD), Marcus Marcelo (PL), Elenil da Penha (MDB) e Gipão (PL), o que exige muita habilidade do líder (Dimas) no sentido de controlar os ânimos, evitar animosidades e equilibrar o jogo de ciúmes e vaidades.
Qualquer disputa dentro de um grupo só se mantém saudável enquanto não ameaça a união dos próprios companheiros. Por isso, neste momento, adiar a escolha do candidato do grupo parece ser uma atitude temerária que injeta mais combustível na discórdia enquanto as eleições se aproximam!