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Arnaldo Filho

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Política

Depois de muito vai e vem, Eduardo Gomes finalmente diz que apoia Dimas para governador

Passou mais de um ano usando de retórica para declarar e negar seu apoio.

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09/06/2022 15h08 - Atualizado há 1 ano
Eduardo Gomes e Ronaldo Dimas

Depois de muito mistério e faltando menos de quatro meses para as eleições de 2 de outubro, o senador Eduardo Gomes (PL) finalmente declarou com todas as letras que não será candidato a governador do Tocantins em 2022 e que seu apoio é para Ronaldo Dimas (PL).

O senador passou mais de um ano usando de retórica para declarar e ao mesmo negar seu apoio a Dimas na corrida ao governo do estado. Em seus discursos, Gomes rasgava elogios ao ex-prefeito de Araguaína, falava de gratidão por ter recebido seu apoio incondicional para senador em 2018, mas não se comprometia de jeito nenhum ao ser questionado se Dimas era o seu candidato a governador.

Portanto, a retórica de Gomes sempre deixou brecha para que ele, algum momento, fosse "convocado" por líderes políticos para ser candidato ao Palácio Araguaia no lugar de Dimas, e essa possibilidade acabou ganhando tantos adeptos que hoje sua declaração de apoio, por mais clara e indubitável, seja vista com um pouco de descrença no meio político.

Muitos líderes só vão acreditar que o senador não será mesmo candidato ao governo quando findar o prazo de registro de candidatura. Até lá, tudo pode mudar, como se diz na política. E não será surpresa caso isso aconteça, pois o próprio Eduardo Gomes deu causa a essa desconfiança em razão do seu “disse não disse”!

Não fosse isso, a declaração de apoio de Eduardo Gomes, ainda que tardia, poderia impulsionar a pré-campanha de Ronaldo Dimas e representar um fato político suficiente para preocupar seus adversários, sobretudo o atual mandatário do Palácio Araguaia.   

Infelizmente, muitos políticos costumam subestimar o senso crítico do eleitor, bem como a capacidade de compreensão e de interpretação do discurso por parte dos formadores de opinião. Talvez por isso a educação tem sido historicamente desvalorizada no nosso país, a fim de se perpetuar uma política tocada a ‘pão e circo’.   

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