Direto ao Ponto

Arnaldo Filho

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Operação Hygea

Homem forte do governo Wanderlei também é citado em investigação contra Carlesse

Ele vai ocupar um cargo estratégico dentro do novo governo.

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26/10/2021 13h35 - Atualizado há 2 anos
Joseph Madeira e Wanderlei Barbosa

O governador em exercício Wanderlei Barbosa (sem partido) exonerou todos os secretários e servidores que foram alvos das recentes operações Éris e Hygea, deflagradas pela Polícia Federal para apurar um suposto esquema de corrupção na cúpula do Governo do Tocantins, mas nomeou um novo secretário que também é citado nas mesmas investigações.

É o empresário Joseph Madeira, escolhido como secretário da Governadoria, cargo considerado estratégico dentro do governo que sempre é ocupado por pessoas da extrema confiança do governador. Ou seja, será o homem forte da nova gestão. Ele é o atual presidente da Associação Comercial e Industrial de Palmas (Acipa).

Joseph é muito conhecido no meio político e já firmou vários contratos de prestação de serviços com órgãos públicos, a exemplo da Assembleia Legislativa do Tocantins, por meio da empresa Jorima Segurança Privada.

É justamente esse contrato um dos investigados no inquérito da operação Hygea, a mesma que resultou no afastamento do governador Carlesse. A investigação já reúne quase 5 mil páginas. O portal AF Notícias teve acesso a um trecho do inquérito.

No pedido de investigação feito ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a PF afirma que o empresário é “frequentemente mencionado como participante dos esquemas criminosos do atual governo”.

A Polícia Federal revela que durante a gestão da delegada Cinthia Paula de Lima como diretora administrativa na Assembleia Legislativa, em 2018, época em que a presidente era a deputada Luana Ribeiro (PSDB), ela assinou contratos, pareceres técnicos e atestou a prestação de serviços e aquisição de equipamentos.

O documento afirma que os investigadores constataram algumas ilegalidades no contrato firmado com a Jorima Segurança Privada. Cita, por exemplo, Postos de trabalho com menos vigilantes do que o contratado e quantidade menor de câmeras instaladas em relação às efetivamente faturadas e pagas pela Assembleia Legislativa. Contudo, Joseph Madeira não foi alvo nessa primeira fase da operação da PF. 

Trecho do inquérito da Polícia Federal que reúne cerca de 4.700 páginas

Atualmente, a delegada Cinthia Paula estava no cargo de Diretora da Escola Superior de Polícia, mas também foi afastada pelo STJ e agora exonerada da função pelo governador Wanderlei Barbosa. Ela também chegou a ocupar o cargo de Diretora de Combate à Corrupção na gestão de Carlesse.

A empresa Jorima do Segurança, do agora secretário da governadoria de Wanderlei Barbosa, continua prestando serviços à Assembleia Legislativa.

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