Na época, um fato político chamou a atenção: o reencontro de Dimas e Elenil.
A sede própria da Casa de Acolhimento Ana Carolina Tenório continua de portas fechadas passados mais de três meses da inauguração oficial pelo prefeito Ronaldo Dimas, governador Mauro Carlesse e o deputado estadual Elenil da Penha, autor da emenda para a obra.
A Casa atende crianças e adolescentes que vivem em situação de risco ou vulnerabilidade social e a nova estrutura foi entregue às pressas no dia 3 de julho, apenas uma semana depois do 2º turno da eleição suplementar.
Na época, um fato político chamou a atenção: o reencontro de Dimas e Elenil, que estiveram em lados opostos durante a disputa suplementar.
Mas enquanto o imóvel inaugurado continua de portas fechadas no Jardim Beira Lago, a Casa de Acolhimento permanece em um imóvel alugado no Setor Rodoviário.
Por ironia, o deputado Elenil da Penha é autor de uma lei estadual que proíbe a inauguração de obras inacabadas no Estado. Uma das finalidades da lei é evitar o uso político dos investimentos públicos.
A prefeitura de Araguaína justificou que os móveis da Casa ainda estão sendo confeccionados, sob medida, e atrasou devido à burocracia, mas não informou data para a 'reinauguração', se é que terão coragem de fazer uma nova solenidade.
Ana Caroline
A casa recebe o nome de Ana Caroline Tenório, uma menina que veio com a família para Araguaína aos dois anos de idade. Sonhava em ser advogada, mas teve o seu sonho interrompido aos 14 anos, ainda cursando o primeiro ano do Ensino Médio, quando foi brutalmente assassinada no dia 19 de maio de 2007. A morte de Ana Caroline causou grande comoção na cidade e em todo o Tocantins.