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Arnaldo Filho

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Peculiaridades, reviravoltas, surpresas e decepções marcam cenário das eleições em Palmas

Foram muitas reviravoltas e o maior número de candidatos da história de Palmas.

Por Arnaldo Filho 1.788
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19/09/2020 09h40 - Atualizado há 3 anos
Cenário político totalmente atípico em Palmas

Algumas peculiaridades da pré-eleição em Palmas chamam a atenção. É o caso, por exemplo, do agora candidato destituído Ataídes Oliveira (Progressistas) ter montando um ‘grupo’ sem nenhum candidato a vereador. O resultado não poderia ser diferente: intervenção da presidente estadual da sigla, a senador Kátia Abreu, para evitar mais vexames. 

Aliados nem tão aliados assim...

Também chama a atenção o fato de o candidato Alan Barbiero (Podemos) ter criticado duramente a ‘contradição e hipocrisia’ do seu antigo clã político – comandado por Tiago Andrino (PSB) e Carlos Amastha (PSB) – por não resistir à ‘familiocracia’ que tanto condenava recentemente. 'Tiago Amatha', seu novo nome de batismo político, fechou aliança com Irajá Abreu (PSD), Kátia Abreu (PP) e Vicentinho Junior (PL).

Não passou despercebida a total ausência de manifestação de apoio do Palácio Araguaia ao deputado estadual Ivory de Lira (PCdoB), ninguém menos que o líder do governo de Mauro Carlesse (DEM) na Assembleia Legislativa. Ele lançou candidatura a prefeito de Palmas, mas não obteve qualquer apoio palaciano e precisou recuar. Agora vai caminhar com Marcelo Lelis (PV). 

Por outro lado, o governador e o presidente da Assembleia Legislativa, Antonio Andrade, estão bem afinados politicamente. Primeiro: Carlesse declarou apoio a Otoniel Andrade em Porto Nacional, irmão do presidente da AL. Já em Palmas, Antonio Andrade teria sido o responsável pela indicação do empresário e presidente da ACIPA, Joseph Madeira (PTB), para ser o candidato a vice-prefeito na chapa do deputado federal Eli Borges (SD) – que é apontado como o candidato oficial do Palácio Araguaia.  

Por falar em Solidariedade (SD), esse é o partido do deputado estadual Léo Barbosa e, ainda, a ex-sigla do seu pai, o vice-governador Wanderlei Barbosa. Aliás, comenta-se que os Barbosas vão participar ativamente da campanha de Eli Borges, cedendo, por assim dizer, toda musculatura política de parte da família. 

Uma contradição em cima da outra, pois os interesses são antagônicos

Algo, no entanto, chama a atenção: o irmão do vice-governador e presidente da Câmara Municipal de Palmas, Marilon Barbosa, é filiado ao DEM. Esta sigla – por intervenção da deputada Professora Dorinha – vai apoiar a candidatura de Cinthia Ribeiro (PSDB) e até indicou o candidato a vice-prefeito, o empresário Lucas Meira.

Nesse cenário, Marilon está atrelado à chapa governista municipal, enquanto seu irmão Wanderlei deve apoiar outro candidato. Não custa lembrar, ainda, que o governador Carlesse e o deputado Gaguim são filiados ao DEM, mas vão caminhar em sentido totalmente oposto.

Por fim, a Capital tem o maior número de candidatos a prefeito da sua história, algo em torno de 10 nomes. É, verdadeiramente, um 'balaio de gatos'.

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