Secretário executivo foi designado para responder pela pasta.
O secretário de Estado da Administração (Secad), Bruno Barreto, foi exonerado do cargo nessa terça-feira (1º de fevereiro). Recentemente, ele teve o nome citado pelo empresário que denunciou uma tentativa de extorsão de 50% em um contrato do governo para fornecimento de 40 mil cestas básicas.
Conforme a publicação no Diário Oficial, a exoneração de Barreto foi a pedido. O governador em exercício Wanderlei Barbosa nomeou como novo secretário Rafael Sulino de Castro, que já ocupava o cargo de secretário executivo da pasta.
Bruno Barreto era um dos secretários remanescentes da gestão do governador afastado Mauro Carlesse (PSL). Além dele, também foi exonerado o secretário da Cidadania e Justiça, Heber Luis Fidelis, que estava no cargo desde abril de 2018 e delatou o 'Propinoduto' - suposto esquema de cobrança de propina nos contratos do governo.
A incerteza sobre a permanência de Bruno Barreto no governo surgiu depois que o empresário José Gomes de Souza Neto, conhecido como Neto Gomes, revelou que teria tido a indicação dele para um contrato de fornecimento de cestas básicas na Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas). Barreto nega a indicação.
O referido contrato passou a ser investigado pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) depois que o empresário denunciou extorsão de 50% do valor que receberia pelas cestas.
VEJA MAIS SOBRE O ESQUEMA
Contrato para fornecimento de 40 mil cestas básicas teve extorsão de 50%, revela polícia
Suspeito de extorsão no caso das cestas básicas foi candidato a prefeito pelo PTB em 2020
Assembleia e Setas aparecem na rota da extorsão; empresário teve passos monitorados