A defesa disse desconhecer os vínculos dela com Adriano Nóbrega e as milícias.
Uma veterinária do Rio de Janeiro que é suspeita de ter sido servidora fantasma no Governo do Tocantins está sendo investigada como 'laranja' do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, o Capitão Adriano, que morreu em fevereiro na Bahia.
A informação foi divulgada pelo repórter Fausto Macedo, do Estadão.
Juliana Magalhães da Rocha é suspeita de ter ligações com o “patrimônio oculto” do Capitão Adriano. Ela é investigada pela polícia e pelo Ministério Público, do Rio e da Bahia. Ela era fiscal agropecuária na Adapec-TO no governo anterior.
A veterinária é considerada peça importante para desvendar a “rede de amigos”, que teria dado sustentação aos negócios criminosos e à fuga do miliciano e de seus familiares. Queiroz é um deles. Amigo do Capitão Adriano, Fabrício Queiroz assumiu no processo a indicação da mãe e da ex-mulher do miliciano para cargos na Assembleia do Rio.
Juliana Rocha alugou por R$ 50 mil uma confortável e luxuosa casa de veraneio, na Costa do Sauipe – badalada praia da Bahia, onde o miliciano passou o réveillon com a família e ficou seus últimos dois meses de vida.
A veterinária chegou a ser tratada por investigadores como 'prima' do miliciano e também identificada, por envolvidos, como irmã da viúva do ex-PM.
O nome da veterinária foi citado publicamente pela primeira vez por Leandro Abreu Guimarães, competidor de vaquejadas da Bahia, que acolheu Capitão Adriano em sua propriedade. "Dra. Juliana, na condição de veterinária, cuida de animais no circuito de vaquejada, e disse ter conhecido o Adriano em função da profissão", registra depoimento, de 12 de abril de 2020.
Juliana Rocha não é foragida da Justiça. Mas nunca foi encontrada por investigadores, nem na apuração sobre Capitão Adriano, nem para ser notificada do processo em que é acusada desde janeiro de 2019, por improbidade administrativa, no Tocantins.
O QUE DIZ A DEFESA
Conforme o Estadão, Juliana Rocha não quis comentar o caso. Seu advogado no processo do Tocantins, Danilo Bezerra de Castro, negou que ela fosse servidora fantasma. Disse desconhecer os vínculos dela e de Adriano Nóbrega com as milícias.