Um dos acusados é irmão da própria vítima.
Os jovens Wanderson Aires de Souza e Wildemarques Dias Alves foram condenados pelo estupro, tortura e assassinato brutal da adolescente Andressa Aires de Souza, de apenas 12 anos. O crime ocorreu no dia 7 de fevereiro de 2020, na cidade de Talismã, e chocou a população tocantinense.
O júri popular dos acusados começou na sexta-feira (13) e terminou na madrugada deste sábado (14). Wanderson é irmão da vítima.
O Ministério Público do Tocantins (MPTO) sustentou as teses de feminicídio com uso de asfixia, tortura e meio cruel, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver, resultando na condenação dos acusados a 40 anos e seis meses de prisão.
Segundo os autos do inquérito policial, Wanderson Aires estuprou a irmã, mediante violência e grave ameaça, em posse de uma faca, em uma construção abandonada próxima à casa da família.
Na mesma madrugada, Wildemarques Dias Alves, que já havia beijado Andressa em outras ocasiões, motivado por ciúmes, foi até o local onde a adolescente se encontrava e também estuprou com a menina.
Após o abuso coletivo, os dois desferiram várias tijoladas na cabeça da vítima. Após esse ato, sufocaram-na com o próprio sutiã e desferiram 12 golpes de faca, matando a adolescente.
Em seguida, os criminosos arrastaram o corpo da menina e o colocaram debaixo de uma moita, ainda nas proximidades da construção, onde só foi encontrada no dia 11 de fevereiro, em avançado estado de decomposição.
O promotor de Justiça Breno Simonassi, membro do Núcleo do Tribunal do Júri do Ministério Público do Tocantins (MPNujuri) e responsável pela sustentação oral, também requereu que fosse fixado valor mínimo para reparação dos danos decorrentes da prática do crime, considerando os prejuízos sofridos pelos familiares da vítima, conforme previsto no art. 387, IV, do Código de Processo Penal.
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