Inquérito concluído

Caso Ana Zilda: mãe, filha e executor do crime vão responder por homicídio triplamente qualificado

Motivação do crime descoberta pela polícia é de cunho íntimo da vítima.

Por Redação 3.376
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19/10/2023 06h12 - Atualizado há 6 meses
Ana Zilda foi brutalmente espancada e morreu após 7 dias em coma

A Divisão Antirroubos da Polícia Civil em Araguaína concluiu, nesta quarta-feira (18), o inquérito que apurava as circunstâncias da morte da trabalhadora Ana Zilda Santos Almeida, e indiciou os três suspeitos por homicídio triplamente qualificado.

Conforme a polícia, os envolvidos são duas mulheres, mãe e filha, de 49 e 19 anos, e um homem de 32 anos, que seriam as mandantes e o executor, respectivamente.

O crime ocorreu no dia 5 de outubro deste ano, quando o homem espancou brutalmente a vítima próximo ao seu local de trabalho. Em razão do espancamento, a mulher ficou em coma por sete dias e não resistiu, vindo a falecer no dia 12 deste mês.

No dia 10 de outubro, a polícia deflagrou a operação Siena e prendeu o executor do crime. Já as possíveis mandantes, mãe, que é cadeirante, e a filha foram presas nesta terça-feira (17) na segunda fase da operação.

Após estas diligências, os policiais conseguiram descobrir o real motivo do crime e concluíram que a vítima não foi morta por meio de "capacetadas", mas sim tendo a cabeça batida na quina de um poste reiteradas vezes, situação que causou traumas e perda de massa encefálica.

"A motivação do crime descoberta pela polícia é de cunho íntimo da vítima e, por esta razão, preferimos, em nome da Polícia Civil, não expor ao público", ressaltou o delegado responsável pelo inquérito, Fellipe Crivelaro.

Indiciamento

Todas as três pessoas presas foram indiciadas por homicídio triplamente majorado pelo motivo torpe, meio cruel e pela emboscada, bem como pelo crime de furto em relação a bolsa e celular da vítima.

Diante da conclusão do Inquérito, os autos serão encaminhados para o Judiciário, onde possivelmente serão o autor e mandantes submetidos ao Tribunal do Júri.

O que diz a defesa de mãe e filha?

Em nota à imprensa, o advogado de defesa das supostas mandantes do crime afirmou ser prematuro fazer qualquer imputação às suas clientes e que ainda não teve acesso a todo o inquérito.

"A defesa das acusadas declara em nota que é prematuro fazer qualquer imputação de suas clientes relacionada ao ocorrido, considerando que partes cruciais do processo ainda permanecem em sigilo. Nesse sentido, defesa teve acesso apenas a uma fração das investigações, enquanto outras diligências estão em curso. No entanto, já estão sendo elaborados pedidos para levantar o sigilo de forma integral, abrangendo todo o inquérito e outros procedimentos conduzidos pela autoridade policial até o momento.

Por ora, a defesa enfatiza que suas clientes sustentam a tese de negativa de autoria e negam qualquer envolvimento no delito atualmente sob apuração."

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