Situação preocupante

Faltam agentes e até material bélico para conter rebeliões no Presídio Barra da Grota, diz MPE

A situação preocupa, pois ofícios encaminhados pela diretoria do presídio relatam motins, princípios de rebeliões e superlotação.

Por Redação 1.738
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20/10/2018 09h27 - Atualizado há 5 anos
Presídio Barra da Grota

Faltam servidores e até material bélico para resguardar a integridade física das pessoas e conter possíveis rebeliões no Presídio Barra da Grota, segundo o Ministério Público Estadual.

Deficiência na estrutura física do maior presídio da região norte do Tocantins também foi outro problema encontrado pelo órgão, que diz ter documentos comprovando as irregularidades.

A situação preocupa o MPE, pois ofícios encaminhados pela diretoria do presídio localizado em Araguaína relatam motins, princípios de rebeliões, transferência de presos sem comunicação prévia, superlotação e outras irregularidades.

A mais recente rebelião, ocorrida no dia 02 de outubro, resultou na fuga de 28 detentos. Nove presos morreram em confronto com a polícia, 16 já foram capturados e apenas três continuam foragidos.

Na fuga, os criminosos fizeram servidores reféns, tomaram armas de agentes prisionais, exigiram a abertura dos portões, ganharam as ruas e posteriormente entraram numa região de mata.

Alguns servidores ficaram feridos e outros foram liberados rapidamente, mas a professora Elisângela Mendes Sobrinho, de 43 anos, e o chefe de plantão do presídio, Roberto da Silva Aires, de 27 anos, ficaram mais de 24 horas em poder dos bandidos.

A Secretaria da Cidadania e Justiça (Seciju) informou na época da rebelião que o presídio tem capacidade para 480 presos, mas possuía 493 reeducandos, distribuídos em três pavilhões.

Presos serão transferidos

Em decorrência da rebelião, o MPE ingressou com uma Ação Civil Pública e a justiça estabeleceu em 144 o número máximo de reeducandos por pavilhão.

O Governo do Estado do Tocantins tem o prazo de 10 dias para realizar a permuta de 45 presos, em número excedente, no pavilhão “C”, situação que tem causado insegurança na unidade prisional.

A decisão também determina a realização de audiência no dia 23 de outubro, às 17 horas, com a presença do secretário de Cidadania e Justiça, representantes da Gerência de Inclusão, Classificação e Remoção/Seciju, Ministério Público, Defensoria Pública, bem como do diretor do Barra da Grota.

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