Corrupção

Oito prefeitos, vice e secretários teriam envolvimento em esquema de corrupção no Tocantins

Entre os investigados estão gestores, com cargos de prefeitos, vice e secretários em cinco municípios

Por Redação 2.321
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09/08/2019 07h41 - Atualizado há 4 anos
Os envolvidos podem responder pelo crime de organização criminosa, peculato e corrupção

A operação ‘Mecanismo’ deflagrada pela Polícia Federal do Tocantins nesta quinta-feira (08) investiga a participação de ao menos oito gestores em um esquema de corrupção na manutenção de veículos oficiais no Tocantins. Os envolvidos podem responder pelo crime de organização criminosa, peculato e corrupção.

A investigação da PF aponta que funcionários públicos, gestores e seus parentes teriam recebido propina de oficinas mecânicas que realizavam a manutenção em ônibus escolares e em ambulâncias que pertenciam aos municípios.

Ainda segundo a investigação, os recursos desviados vinham do Ministério da Saúde e da Educação. Ainda não foi informado o tamanho do prejuízo aos cofres públicos.

Entre os investigados estão gestores, com cargos de prefeitos, vice e secretários em cinco municípios. Veja quem são:

  • Raimundo Nonato - Prefeito de Lagoa do Tocantins.
  • Suelene Lustosa - Prefeita de Lizarda
  • Elson Lino - Prefeito de Novo Acordo
  • Otalmir de Sousa - Secretário de Finanças de Novo Acordo
  • Nadi Pinheiro - Prefeita de Recursolândia
  • José Luiz da Silva - Secretário de Recursolândia
  • Valteir Lustosa - Vice-prefeito de Santa Tereza
  • Creusélia Regina - Secretária de Santa Tereza

Foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão e 32 mandados de intimação em sete municípios do Tocantins: Palmas, Paraíso do Tocantins, Novo Acordo, Recursolândia, Santa Tereza, Lizarda e Lagoa do Tocantins; e em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.

A investigação aponta que empresas de Palmas, que mantêm contrato de prestação de serviços de reparo de viaturas e fornecimento de peças automotivas com municípios tocantinenses, promovem reiteradamente transferências de valores e dão outras vantagens a servidores municipais comissionados, parentes e pessoas próximas dos prefeitos dos municípios com quem elas possuem contratos. 

Além dos créditos em conta corrente, apurou-se que as vantagens indevidas aos gestores públicos e pessoas próximas também eram efetivadas por meio de pagamentos de despesas pessoais como contas de telefones, IPVA, mensalidades escolares, entre outras.

Os recursos dos contratos são oriundos do fundo nacional do desenvolvimento da educação e fundo municipal de saúde (SUS).

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