A área teria sido doada pelo Estado para a Associação de Moradores.
O tradicional campo de futebol Beira Cimba, em Araguaína, foi totalmente destruído por máquinas na manhã desta quarta-feira (23). O local é usado para eventos esportivos na cidade há décadas.
O secretário executivo da Educação e Cultura, Willamas Ferreira, disse ter sido informado por moradores de que o cadeado do campo foi quebrado e o espaço invadido. Máquinas danificaram as traves, bancos, alambrado e ainda escavaram buracos no meio do campo.
Diante da ação, fiscais do Demupe (Departamento de Postura e Edificações) foram acionados e o setor jurídico da prefeitura já tem conhecimento do caso.
"Foi uma área doada pelo Estado à associação pelo então governador Marcelo Miranda e vem sendo utilizada pelo povo desde então. O deputado César Halum direcionou emendas para reformas e a Prefeitura de Araguaína tem feito manutenção no local. Segundo informações de terceiros, a empresa pretende construir um condomínio", disse Eva Abreu, presidente licenciada da associação de moradores.
As máquinas saíram do local depois que a presidente da associação mostrou os documentos comprovando a doação da área. A associação registrou um Boletim de Ocorrência e vai acionar a justiça para exigir os direitos sobre o campo.
O OUTRO LADO
Por outro lado, a Construtora Boa Sorte apresentou uma certidão de inteiro teor expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis de Araguaína na qual consta como sendo a legítima proprietária da área. Apesar disso, a empresa afirmou que vai avaliar a autenticidade do documento apresentado pela associação.
Veja aqui a resposta completa.
O QUE DIZ A PREFEITURA
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Araguaína afirmou, em nota, que não autorizou a obra no Campo Beira Cimba e que a Procuradoria do Município está analisando a situação. "Informa ainda que o local foi construído para a comunidade e que registrou boletim de ocorrência contra a empresa, com pedido de reparação dos danos causados pelas máquinas".
A nota ressalta ainda que a Prefeitura mantém em dia água e energia elétrica do local, mas não é proprietária do terreno.