Julgamento

Conselheiro federal da OAB vai atuar no júri da morte do advogado Danilo Sandes, em Araguaína

Julgamento está marcado para o dia 24 de setembro.

Por Redação
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20/06/2024 11h01 - Atualizado há 1 semana
Advogado Stalin Paniago foi designado pela OAB Nacional, a pedido da OAB-TO

Notícias de Araguaína – O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, por meio do presidente Beto Simonetti, nomeou o conselheiro federal, Stalin Paniago, para atuar como assistente de acusação no júri popular que envolve o caso do advogado araguainense, Danilo Sandes.

“No próximo dia 24 de setembro, a advocacia brasileira estará representada no Plenário do Tribunal do Júri de Araguaína, fazendo a assistência da acusação pelo conselheiro federal e criminalista, Stalin Paniago, para que nós possamos não só apurar, mas debater e aponta os principais acusados pelo assassinato de um advogado, covardemente morto em pleno exercício da advocacia. A advocacia não se calará e lá estarão 1 milhão e 300 mil advogados representados pelo conselheiro federal”, anunciou o presidente do CFOAB.

Stalin Paniago é um advogado criminalista renomado e já foi presidente da Subseção da OAB de Rondonópolis, no Mato Grosso.

Para o presidente da OAB-TO, Gedeon Pitaluga, mais uma demonstração que uma advocacia forte se faz com uma OAB unida e atuante.

O presidente da Subseção de Araguaína, Davi Morais, ressaltou a importância dada pelo Conselho Federal e a OAB-TO ao caso. “Agradecemos o presidente Beto pela atenção dispensada a esse caso, que comoveu não só a cidade de Araguaína e a nossa Subseção, mas que acabou tomando uma proporção nacional. Agradeço ao presidente Gedeon Pitaluga, ao conselheiro José Quezado e ao conselheiro Stalin pelo apoio prestado”, ressaltou o presidente Davi Morais.

Entenda o caso

O advogado Danilo Sandes foi morto no final de julho de 2017 devido à disputa por uma herança de R$ 7 milhões. A morte da vítima teria sido encomendada pelo farmacêutico Robson Barbosa da Costa, de 32 anos, segundo apontaram as investigações da polícia na época. Ele era cliente do advogado e parte em uma ação de inventário. Também é acusado pelo crime João Oliveira Santos Júnior, Wanderson Silva de Souza e Rony Macedo Alves Paiva, indiciados ainda em 2017.

Os investigadores apontaram que Robson tenha decidido matar Danilo após ele se recusar a participar de uma fraude. Danilo representava Robson na disputa pela herança e não quis ajudar o farmacêutico a esconder parte do dinheiro dos outros herdeiros.

Conforme o MPE, o descontentamento de Robson ocorreu durante o acerto dos honorários advocatícios. Danilo ingressou com ação judicial cobrando a dívida e obteve decisão que o obrigou o farmacêutico a vender um caminhão para quitar a dívida.

A partir daí, Robson teria passado a arquitetar a morte de Danilo. Segundo o MPE, Rony Macedo Alves Paiva foi o intermediário que contratou os dois pistoleiros, Wanderson Silva da Sousa e João Oliveira Santos Júnior, para executarem o advogado. Pelo crime, os policiais receberiam R$ 40 mil.

O advogado teria sido atraído com o pretexto de que queriam fazer um inventário no valor de R$ 800 mil, além de imóveis e gado na região de Filadélfia. No dia 25 de julho de 2017, Danilo Sandes marcou encontro com militares, entrou no veículo deles para que pudessem ir até Filadélfia.

No percurso, os pistoleiros deram dois tiros na nuca de Danilo e esconderam o corpo em um matagal. A vítima só foi localizada dias depois pelo morador de uma fazenda.

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