Polêmica

Guerra de certidões: Associação do Cimba tem documento que comprova venda ao Governo

A Associação Beira Cimba e a Construtora Boa Sorte se dizem donas do terreno.

Por Márcia Costa 821
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24/09/2020 18h30 - Atualizado há 3 anos
Máquina enviada pela construtora Boa Sorte

A polêmica relacionada ao tradicional campo de futebol Beira Cimba ganhou um novo capítulo. Uma certidão cartorária apresentada ao AF Notícias pela Associação de Moradores do Cimba mostra que o terreno onde está localizado o campo foi vendido ao Governo do Tocantins ainda na década de 90 (certidão no final da matéria).

Conforme a certidão de matrícula expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis de Araguaína, no dia 08 de novembro de 1990, a Construtora Boa Sorte, representada por Benedito Vicente Ferreira, vendeu uma área de 4.280,58 metros quadrados ao Governo do Estado pelo valor de 3 milhões de cruzeiros (moeda da época).

Por sua vez, a Associação de Moradores afirma que recebeu essa área por meio de doação do Estado, mas disse que o referido termo de doação será apresentado apenas em juízo. A construtora, que afirma desconhecer a venda ou doação, enviou máquinas ao local e destruiu o campo de futebol que é usado para eventos esportivos há décadas.

O prefeito de Araguaína também se manifestou sobre a polêmica e a favor da população. “Aquele terreno não pertence a eles. Ele foi doado ao Governo do Estado, ao Governo Federal e, consequentemente, município. Tanto que a então primeira-dama esposa do presidente Fernando Collor na época veio inaugurar e entregar para a comunidade”.

O prefeito destacou, ainda, que a possível duplicidade de documento é algo para se debater posteriormente. “O terreno foi doado e assim será e é do povo araguainense”.

Guerra das Certidões

A Construtora Boa Sorte também possui certidões na qual aparece como proprietária do terreno. Os documentos foram expedidos no último dia 4 de agosto

Paulo Vicente Ferreira, um dos administradores da construtora, afirmou que a empresa sempre foi a legítima proprietária da área e vem pagando anualmente o IPTU e taxa de lixo. "É uma surpresa para nós esse documento que eles apresentaram. A certidão de inteiro teor emitida pelo Cartório não consta nenhuma doação. O cadastro na prefeitura também está em nome da nossa empresa", explicou.

Certidão que está em poder da Associação de Moradores comprova venda da área ao Governo do Estado
Construtora tem certidão na qual aparece como proprietária da área

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