Wadia Carvalho

Em Araguaína desde 1968, professora relembra histórias que marcaram avanço e aposta no futuro

Entre as histórias, ela relembra como foi a implantação das primeiras universidades.

Por Redação 2.103
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01/11/2019 16h38 - Atualizado há 4 anos
Professora Wadia Carvalho de Oliveira

Ao chegar aqui, o único colégio que existia era o Santa Cruz e oferecia apenas o primeiro grau, hoje o Ensino Fundamental. O aluno tinha que buscar outras etapas em escolas de Carolina (MA) ou Porto Nacional. Não imaginávamos que o pequeno povoado se tornaria referência em Ensino Superior do Norte do Tocantins”, contou a professora aposentada Wadia Carvalho de Oliveira. 

Terceira personagem da série de reportagens Isso é Araguaína, que celebra os 61 anos da cidade, Wadia nasceu em Marabá (PA) e mudou-se para Araguaína, com a família, em 1968. Junto com os pais e irmãos, foi contemplando o avanço geográfico da cidade e ajudou a construir os primeiros alicerces para o crescimento da educação no Município.

Aos seus 78 anos de vida, 51 deles em Araguaína, ela contempla também o movimento comercial, o crescimento geográfico da cidade e comparou a um coração que pulsa rumo ao crescimento. “Essa cidade é feita de pessoas engajadas, que pegam e fazem acontecer. Se eu tivesse que escolher de novo, escolheria Araguaína e escolheria de novo ser professora”, frisou a aposentada.

Primeira faculdade

Wadia concluiu o segundo grau (Ensino Médio) em Goiânia e fez Geografia como formação de nível superior. Voltou para Araguaína cheia de planos, foi quando em 1984, contemplou e contribuiu para a chegada da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Araguaína (FACILA), criada pela lei estadual nº 9.470, de 11 de julho daquele ano. Passou a existir já ofertando os cursos de Letras, História, Geografia, Estudos Sociais, e Ciências. A então Facila tornou-se, no ano 2000, a Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Ainda de acordo com a professora, nessa época, Araguaína foi se tornando referência para o então norte de Goiás, futuro Norte do Tocantins. “A faculdade ia a todo vapor e, de repente, uma proposta me pegou de surpresa e me fez ter a certeza de que Araguaína seria uma grande metrópole educacional, a de trazer para cá um curso de Medicina”, completou.

Mais cursos

Sempre fui movida a desafios e de repente o convite de um amigo me fez sonhar ainda mais alto. O doutor Eduardo chegou em mim e disse que criaríamos a faculdade de medicina em Araguaína. Levei um susto, mas a certeza de que essa cidade tinha potencial me moveu a abraçar essa ideia”, contou a aposentada.

Ela lembrou que foi em meados dos anos 90 que surgiram os primeiros cursos de Pedagogia e Ciências Contábeis. Mas logo chegaram os cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia/Bioquímica, Odontologia, Administração, Sistema de Informação, Educação Física e Direito.

Foi gratificante ver que do nada surgiu o muito, no início não tínhamos nem lugar e ao ver hoje cada turma que vai formando é um sinal de que foi a minha melhor escolha, viver e apostar em Araguaína”, completou emocionada.

Ela finalizou afirmando que aposta na cidade e naquilo que ainda está por vir.

(Adriana Santana)

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