Verônica Darlene

Enfermeira de folga age rápido e salva vida de pedreiro durante infarto: 'gratificante'

Ela não estava de plantão e resolveu ajudar mesmo assim.

Por Redação 2.403
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27/08/2021 10h27 - Atualizado há 2 anos
Ação da enfermeira foi decisiva par salvar vida do trabalhador

Durante os nove anos atuando como socorrista no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Araguaína, a enfermeira Verônica Darlene, de 38 anos, conta que viveu uma história inusitada e marcante.

O fato ocorreu fora do local e horário de serviço, quando ela realizou um atendimento e conseguiu salvar a vida de um homem que estava enfartando. 

“Eu não imaginava que isso iria acontecer, porque estamos preparados para atender esse tipo de situação quando estamos de plantão, mas fora do trabalho é diferente, o que tornou essa história mais emocionante, de saber que realmente pude contribuir para salvar uma vida, é muito gratificante!”, revelou.

De acordo com a enfermeira, um homem de 47 anos que estava trabalhando como pedreiro na reforma de uma casa passou mal e os moradores estavam tentando socorrê-lo.

“Falei para as pessoas que eu era enfermeira do Samu, fiz a verificação do pulso e da respiração e identifiquei que o homem estava em parada cardíaca; chamaram o Samu e iniciei a massagem cardíaca enquanto a unidade estava a caminho”, contou Verônica.

O caso foi realizado enquanto ela estava dirigindo e passava pela Rua das Palmeiras, no centro da cidade. No meio do trajeto, viu a cena que chamou a sua atenção. “Eu vi um casal de idosos bem nervosos e aflitos na porta de uma casa. Eles estavam pedindo ajuda para um rapaz que tem uma oficina de motos em frente. Eu parei o carro e fiquei observando, e pensei que alguma coisa estaria acontecendo”, contou.

A iniciativa

A situação não passou despercebida por ela, mesmo a caminho de um compromisso e acompanhada do seu filho, que tem transtorno do espectro autista. A vontade de ajudar o próximo falou mais alto.

“Tive receio de descer do carro e meu filho presenciar alguma situação que o deixasse nervoso. Mesmo assim, a necessidade de salvar o próximo pulsou mais forte no meu coração, decidi ir até a casa e perguntei se as pessoas precisavam de ajuda”, afirmou.

Tempo é vida

Durante a ligação com o Samu, a família não conseguia responder as perguntas da médica. Segundo Verônica, essa é uma reação comum, mas que prejudica a corrida dos profissionais contra o tempo.

“A maioria das pessoas fica nervosa, grita no telefone e não consegue responder as perguntas, e tempo é vida! Então, eu pedi o telefone, me identifiquei para a médica e respondi todas as informações solicitadas para que ela pudesse identificar qual era a necessidade do paciente”, explicou.

Verônica permaneceu fazendo a massagem cardíaca e, cinco minutos depois, a equipe do Samu chegou no local. Durante o atendimento, a médica socorrista permitiu que ela ficasse um período auxiliando.

O retorno positivo

A enfermeira não pôde ficar até o final do atendimento, pois sua filha a esperava na escola. Os profissionais do Samu continuaram realizando todos os procedimentos necessários para salvar a vida do paciente até a chegada no hospital.

Quando Verônica chegou em casa com os filhos, recebeu uma notícia que alegrou o seu dia e tornou essa uma das histórias mais marcantes que já vivenciou. “Me falaram que o paciente havia retornado com os batimentos e que tiveram sucesso na reanimação dele. No hospital, fizeram um eletrocardiograma e identificaram que ele teve um infarto. Então, o suporte inicial que pude oferecer naquele momento ajudou a salvar a vida dele, isso é muito gratificante!”, revelou.

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