Polêmica no Judiciário

TJTO diz que respeita as prerrogativas da advocacia e comenta situação da Comarca de Arapoema

Tribunal disse que já está em andamento um concurso para juiz.

Por Conteúdo AF Notícias 1.385
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14/03/2024 15h40 - Atualizado há 1 mês
Protesto de advogados em frente ao Fórum da Comarca de Arapoema

Notícias do Tocantins - O Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins (TJTO) comentou a situação da Comarca de Arapoema, norte do estado, depois que advogados realizaram um protesto em frente ao fórum da cidade para denunciar a morosidade no andamento de processos e supostas injustiças. 

Em nota, o Poder Judiciário afirmou que "respeita as prerrogativas de advogados e de advogadas, principalmente, relativas ao acesso aos magistrados".

Sobre a Comarca de Arapoema, o TJTO confirmou a comarca está sem juiz titular. "Atualmente, responde pela Comarca a juíza Gisele Veronezi, que é titular da Vara de Execução Penal de Araguaína, tendo sob sua responsabilidade o segundo maior presídio do estado", diz a nota referindo-se ao Barra da Grota.

O Tribunal de Justiça também afirmou que tem "ciência das dificuldades ocasionadas pela ausência de magistrado titular" e para resolver a situação já está em andamento a realização de concurso para juízes, de modo a atender Arapoema e outras unidades judiciais.

Entenda

Advogados que atuam na Comarca de Arapoema, região norte do estado, realizaram uma manifestação em frente ao fórum para protestar contra a morosidade e ineficiência do Poder Judiciário. Segundo os profissionais, o protesto ocorreu em razão da "evidente negligência para com a sociedade".

"Chega de morosidade processual. Chega de falta de acessibilidade ao magistrado. Chega de injustiça. Chega de desrespeito à sociedade e à advocacia", dizia a faixa exposta.

Os advogados relatam que, desde a promoção do juiz Jordan Jardim, em 18 de maio de 2023, para a 1ª Vara Cível de Porto Nacional, a cidade permanece sem magistrado titular, e a juíza responsável pela Comarca tem "consistentemente ultrapassado todos os prazos para julgamento, agendamento de audiências e despachos".

"Atualmente, inúmeros processos aguardam sentença há mais de um ano, sem mencionar aqueles que estão à espera de pauta para audiência", afirma a nota dos profissionais.

Depois da manifestação, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Tocantins afirmou que fará uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a juíza pelas reiteradas queixas registradas por parte da advocacia em razão da atuação da magistrada . 

A medida foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Estadual da OAB Tocantins, durante sessão ocorrida na tarde desta terça-feira (12/3), em Palmas. 

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