Carta aberta

Acadêmicos temem paralisação do curso de medicina em Araguaína e pedem socorro

Curso enfrenta falta de professores e vários outros problemas, segundo estudantes.

Por Conteúdo AF Notícias 1.900
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15/03/2021 10h40 - Atualizado há 3 anos
Medicina é o curso mais novo da UFNT em Araguaína

Acadêmicos de medicina da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), em Araguaína, relataram que o curso corre risco de ser paralisado em decorrência da falta de estrutura e de outros problemas enfrentados.

A denúncia foi feita através de uma carta aberta emitida na semana pelo presidente do Centro Acadêmico (CA) de Medicina, estudante Rafael Silva de Sousa.

Na carta, os acadêmicos afirmam que a coordenação do curso demonstrou preocupação quanto a possibilidade de paralisação devido à falta de professores durante uma reunião com a reitoria e outros representantes da universidade, mas nenhuma medida efetiva teria sido adotada até agora.

“[...] a comunidade acadêmica [...] expressa sua angústia com o cenário instalado e com eminência da paralisação do curso pela falta de professores e pela persistência de condições que desafiam a qualidade da formação médica na UFT/UFNT Araguaína, pedindo socorro às autoridades políticas do nosso Estado e às instâncias administrativas da UFT/UFNT”, afirma a carta.

FALTA DE PROFESSORES E OUTROS PROBLEMAS

A carta diz que faltam peças anatômicas naturais e também professores, principalmente, para as primeiras turmas que já estão nos períodos mais avançados.

Além disso, segundo a carta, os laboratórios estão precários, comprometendo a qualidade do ensino. O documento cita, ainda, a falta de EPI’s, baixo efetivo de técnicos laboratoriais, prédio sem estrutura para comportar as turmas, falta de segurança no campus e ausência de área de convivência e inexistência de restaurante universitário no Centro de Ciência e Saúde (CCS).

NOVAS VAGAS

O Centro Acadêmico também se manifesta contra a oferta de novas vagas para o curso antes que os problemas sejam solucionados. Caso contrário, será transferida para a coordenação e o corpo docente “a catastrófica missão de realocar professores já em número incapaz de atender a atual demanda das 4 turmas já instaladas”.

Segundo a carta, o atual corpo docente “já trabalha na carga-horaria máxima permitida para os cargos” e não terá condições de atender a demanda de uma nova turma.

Medicina é o curso mais novo da UFNT em Araguaína e teve a primeira turma iniciada em 2019 com estudantes de seis Estados.

O AF Notícias solicitou posicionamento da universidade federal em relação ao caso e aguarda retorno. 

A carta completa pode ser acessada aqui.

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