Ipueiras

Cerca de 700 pessoas vivem em acampamento do MST sem acesso ao básico, como vacinas e escola

Defensoria vai cobrar providências do Município de Ipueiras, onde fica o acampamento.

Por Redação
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30/03/2023 15h06 - Atualizado há 1 ano
DPE no acampamento

A Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) esteve no acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Clomodir Santos de Morais, em Ipueiras, região central do estado, nesta quarta-feira (29).

A visita in loco foi motivada após moradoras e moradores do acampamento procurarem a instituição reclamando da falta de acesso a serviços públicos como educação e saúde.

Estiveram no local a titular da 7ª Defensoria Pública de Fazenda Pública de Porto Nacional, defensora pública Kenia Martins Pimenta Fernandes, o assistente social Jurimar Mendes Lima Junior e a estagiária de serviço social Samara Pereira da Silva.

Segundo a defensora pública, uma das questões relatadas foi a dificuldade de acesso ao município de Ipueiras, em razão da precariedade das estradas que ligam o local à cidade. Problema esse que também tem prejudicado as crianças e adolescentes de estudarem na Escola Rural, que fica do povoado São Francisco, a 20 km do acampamento, por falta de transporte adequado, principalmente neste período de chuvas que o percurso fica ainda mais comprometido.

“O Município de Ipueiras, ainda em 2022, havia prometido que, caso eles providenciassem um espaço para funcionamento da escola, encaminharia um professor vinculado a Escola Rural do Povoado São Francisco para dar aulas no local, porém, apesar de terem construído o espaço, as crianças e adolescentes seguem sem aulas”, contou Kenia Martins.

A Defensoria Pública oficiou o Município de Ipueiras sobre o funcionamento da escola no acampamento, mas não obteve resposta até o momento.

Sem vacinação 

Outra questão reforçada durante visita da Defensoria Pública foi o fato de que, das quase 700 pessoas residentes no local, apenas 29 receberam somente a primeira dose da vacina contra a covid-19 e outras patologias. Elas não concluíram o ciclo vacinal em razão da ausência de política de vacinação pelo Município de Ipueiras e chegaram a tentar se vacinar em outros municípios, mas também não conseguiram.

A Defensoria já tinha oficiado o Município de Ipueiras, que chegou a se comprometer em concluir o ciclo vacinação dos moradores, mas não o fez até o momento. A instituição irá atuar novamente para que as autoridades responsáveis tomem providências sobre essa questão de saúde pública.

Apesar da comunidade ter construído uma escola no acampamento, a unidade não está funcionando.

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