Preocupante

Acidentes de trabalho matam quase 20 pessoas em apenas 4 meses no Tocantins

'A quantidade de óbitos e notificações é preocupante', disse superintendente de Vigilância em Saúde.

Por Redação
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25/04/2023 17h14 - Atualizado há 1 ano
Evento em Palmas

O Tocantins registrou 17 óbitos de trabalhadores durante o exercício de suas profissões em 2023 e 222 casos nos últimos cinco anos. Além das mortes, o Estado teve mais de 24 mil notificações, 1.882 trabalhadores seguem com incapacidades parciais e 160 pessoas possuem limitações permanentes.

Os dados foram apresentados no evento intitulado ‘A importância dos meios de comunicação nos acidentes de trabalho no Tocantins’, realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) em Palmas nesta terça-feira (25).

“A quantidade de óbitos e notificações é preocupante. São pessoas e famílias que estão sofrendo com algum problema de saúde e financeiro que poderiam ser evitados. Não é admissível um trabalhador perder a vida ou ficar incapacitado por um acidente evitável. Temos normas regulamentadoras amplamente divulgadas para prevenção, necessitamos agora da conscientização da população para redução destes índices”, disse a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), Perciliana Bezerra.

A presidente Sindicato de  Jornalistas do Tocantins (Sindjor), Alessandra Bacelar, ressaltou a importância da comunicação e dos profissionais da área. “Sem uma comunicação assertiva, não adianta todo um trabalho técnico bem feito. A comunicação muda paradigmas, comportamentos, ela é essencial, pois faz a transmissão de conhecimento que a população necessita. Este trabalho é árduo e necessita do apoio de todos. Os acidentes de trabalho são uma temática que preocupa e precisa ser debatida, nosso papel ético é mostrar que o problema existe e ajudar a buscar soluções”, afirmou.

O coordenador de comunicação do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), Eduardo Azevedo, levantou o papel estratégico da comunicação em todas as áreas.

“A comunicação também é planejamento e um processo pedagógico. Necessitamos dar valor à notícia, traçar estratégias para que as informações sobre os acidentes de trabalho cheguem ao público interno e externo e, assim, conseguir gerar uma consciência de que um determinado fato é prejudicial. Como ocorreu com os acidentes de trânsito, não foi da noite para o dia,  é um processo contínuo e estratégico”, pontuou.

O superintendente Regional do Trabalho do Tocantins, Jalson Jácomo do Couto, falou sobre o papel educativo de todos os envolvidos com a temática, tanto os veículos de comunicação, como os órgãos de controle, fiscalização e assistência.

“Para se evitar um acidente, necessitamos que todos estejam conscientes do seu papel. É muito relevante a disseminação deste conhecimento para a sociedade, para um processo pedagógico e educacional. Necessitamos mudar um processo cultural, da pessoa e das empresas. As causas dos acidentes de trabalho, quando investigadas, são as mesmas: falta cuidado, atenção e orientação. Essa questão da cultura preventiva de preparar o trabalhador e educar as empresas é relevante e surtirá efeito futuramente para melhoria destes índices”, pontuou.

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