Rebelião

'Bandido bom é bandido morto', diz candidato César Simoni após resgate de reféns

Ele cometeu a gafe de informar ao vivo na TV a morte da professora.

Por Redação 2.279
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04/10/2018 09h34 - Atualizado há 5 anos
Professora e o agente resgatados

O candidato ao Governo do Tocantins César Simoni (PSL) afirmou, em nota, que "bandido bom é bandido morto" após o resgate da professora Elisângela Mendes Sobrinho, de 43 anos, e do chefe de plantão do Presídio Barra da Grota, Roberto Aires, de 27 anos.

Simoni é promotor de justiça aposentado do Ministério Público Estadual (MPE).

Apesar da afirmação, o candidato ressaltou que sua 'filosofia de vida' não se aplica quando o detento está sob a guarda do Estado, que tem obrigação de fazer sua segurança e zelar pela sua ressocialização.

Simoni disputa o Palácio Araguaia apoiado pelo candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), que também compartilha da mesma ideia.

Para o ex-secretário de Segurança Pública do Tocantins, a rebelião no Presídio Barra da Grota com 28 fugitivos ocorreu por "falta de gestão do Estado".

O candidato também comentou a gafe de informaram ao vivo a morte da professora Elisângela durante o debate promovido pela TV Anhanguera, na noite da terça-feira (2). Na sequência, Carlos Amastha (PSB) ainda fez um minuto de silêncio.

Segundo Simoni, a fonte da informação equivocada foi um site de notícias de Palmas.

VEJA A NOTA

"A rebelião ocorrida no dia 02 de outubro de 2018 é um reflexo claro da falta de gestão deste Estado. Durante todo o período no qual fui Secretário de Segurança Pública demos apoio efetivo aos agentes penitenciários sob a responsabilidade da Secretaria de Cidadania e Justiça, com atuação constante do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE), sob o meu comando e com isto, em toda a minha gestão, jamais houve acontecimentos desta natureza.

Enquanto no Brasil, principalmente nos estados do norte e nordeste, várias rebeliões se desencadearam, via de regra, comandadas por disputas entre facções, resultando em muitas mortes e fugas de presos, no Tocantins isto não aconteceu, graças a um trabalho efetivo de inteligência que se antecipava a este tipo de evento.

Trago em minha filosofia de vida que bandido bom é bandido morto, mas não quando este está sob a guarda do Estado que tem obrigação de fazer sua segurança e zelar pela sua ressocialização, afinal é o que determina a Lei de Execução Penal Brasileira.

Esquece o governador Carlesse que quando ficou preso na Assembleia Legislativa contou com segurança à disposição por 24 horas, foi tratado com todas as regalias de deputado, usufruindo do bom e do melhor pago com dinheiro público; mas ao invés de dar uma explicação de como pelo menos 28 bandidos fugiram de um presídio, prefere o governador, atacar adversários políticos. Já mostrei que sei como antever e evitar este tipo de problema e se eleito, não vou ficar assistindo gangues e facções organizarem fugas sem fazer nada.

Estou aliviado que a professora Elisângela Mendes e o Técnico de Defesa Social Roberto da Silva tenham sido libertados sãos e salvos, parabenizo a todos os agentes e policiais envolvidos nesta operação, ao mesmo tempo, sigo revoltado com a postura do governador que preferiu dar ordens e ficar sentado em seu gabinete com ar condicionado ao invés de dar apoio pessoal às famílias das vítimas. Reafirmo, se eleito minha prioridade e toda atenção será destinada às vítimas e suas famílias. Comigo bandido não se cria".

César Simoni

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