UPF

Chefes de presídio feminino no Tocantins entregam cargos e se recusam a assumir novas funções

Medida visa pressionar o governo a pagar direitos trabalhistas.

Por Redação 1.310
Comentários (0)

27/10/2020 14h49 - Atualizado há 3 anos
Mulher presa

Quatro chefes de plantão da Unidade Prisional Feminina (UPF) de Palmas colocaram seus cargos em comissão à disposição como forma de pressionar o Governo do Estado a pagar direitos trabalhistas cobrados pela classe em todo o Tocantins.

O pedido de exoneração foi oficializado através de ofício encaminhado à diretora da unidade prisional, Cristiane Rodrigues de Oliveira, no último domingo (25). Assinam o documento Rosângela Maria dos Santos Gomes, Ariadna Carlos Martins Silveira, Lídia Priscila Souza Lindoso e Verônica Guimarães Feitosa.

No ofício, as chefes de plantão afirmam que os cargos de confiança são passageiros e destacam o poder de uma classe unida.

“Sendo assim, nos juntaremos aos chefes de outras unidades prisionais que já entregaram seus cargos em busca de um futuro salarial melhor para todos os servidores do Sistema Prisional”, afirmam.

As chefes também se recusam a assumir qualquer função em comissão até que o governo e a classe cheguem a um acordo sobre as demandas.

Outro caso

Em Araguaína, cinco servidores que ocupam funções de chefia na Unidade Penal Barra da Grota também colocaram seus cargos à disposição, na última sexta-feira (23).

No documento, os servidores justificam o “atual cenário pelo qual passa o Sistema Prisional do Estado do Tocantins, a desvalorização dos profissionais e o não recebimento de direitos trabalhistas”.

Manifestação

No último dia 14 de outubro, com a decisão do Governo do Estado de retomar as visitas nas unidades prisionais, os policias penais do Tocantins deflagraram a operação 'Legalidade Primavera Árabe'.

Segundo a Associação dos Profissionais do Sistema Penitenciário (Prosispen), o movimento foi deflagrado de forma independente pelos servidores, com o objetivo de reivindicar melhorias das condições de trabalho, bem como o pagamento dos direitos trabalhistas já adquiridos pela categoria.

Os profissionais alegam que há mais de três anos o Estado vem negligenciando o pagamento de direitos trabalhistas, como hora extra e adicionais de insalubridade e noturno. Alguns dos servidores só conseguiram o direito pela via judicial.

VEJA TAMBÉM

Chefes de plantão e escolta do Presídio Barra da Grota colocam seus cargos à disposição

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2024 AF. Todos os direitos reservados.