Assédio sexual

Comando dos Bombeiros desqualifica denúncias de assédio e cita motivação política

Conforme a nota, pessoas estão utilizando associações para atender a interesses políticos.

Por Redação 514
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17/12/2018 15h24 - Atualizado há 5 anos
Coronel Reginaldo Leandro da Silva, comandante do Corpo de Bombeiros

O comando do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins desqualificou as denúncias de assédio sexual e moral feitas pela Federação das Associações das Praças Militares do Tocantins (Faspra) e disse que membros da corporação têm sido alvos de 'injustas acusações'.

Conforme nota do comando, as acusações de assédio são baseadas numa "enquete em que qualquer pessoa poderia responder e quantas vezes quisesse". "Não há credibilidade nas informações prestadas pela associação”, afirma.

O comando disse também que algumas pessoas estão "utilizando de associações para atender a interesses políticos e pessoais". "Tem tentado a todo custo macular o nome da instituição e principalmente do atual comando" [coronel Reginaldo Leandro da Silva].

Ainda conforme a nota, o Comando dos Bombeiros foi impedido de participar de uma coletiva de imprensa para apresentação dos dados e ainda não recebeu denúncias formais de militares sobre os possíveis assédios. 

A POLÊMICA

Recentemente, o comando do Corpo de Bombeiros instaurou um inquérito para investigar o presidente da Associação dos Bombeiros do Estado (ABM-TO), Major Marinho, sob a alegação de que ele expôs a corporação com as denúncias de assédio sexual e moral. 

A Faspra criticou o inquérito e sugeriu apuração das denúncias feitas a partir de uma pesquisa realizada em outubro deste ano pela Associação das Mulheres Policiais do Estado do Tocantins (AMP-TO).

As informações foram protocoladas no Ministério Público Estadual, no dia 1° de novembro, juntamente com CD constando depoimentos das vítimas, notícias veiculadas na imprensa escrita, televisiva e digital. 

NOTA NA ÍNTEGRA DO COMANDO 

"O Corpo de Bombeiros Militar e seus membros têm sido alvo de injustas acusações de pessoas, que estão utilizando de associações para atender a interesses políticos e pessoais, que tem tentado a todo custo macular o nome da instituição e principalmente do atual comando.

As acusações têm girado em torno de uma enquete, em que qualquer pessoa poderia responder e quantas vezes quisesse, apontando para supostos casos de assédio. Não há credibilidade nas informações prestadas pela associação, que sustenta afirmação falsa de que documentou ao Corpo de Bombeiros, que apresentaria os dados em 31 de outubro. Tal documento não chegou ao conhecimento do CBMTO, que foi, inclusive, impedido de participar da coletiva de imprensa ocorrida para apresentação dos dados.

Até a presente data não tivemos acesso a quaisquer destes dados, nem chegaram ao nosso conhecimento denúncias feitas formalmente por militares.

Quanto aos procedimentos instaurados pela corporação, todos estão dentro do rito legal previsto. O Corpo de Bombeiros, instituição do máximo prestígio e reconhecimento social, reafirma seu compromisso em apurar os fatos contrários à lei no âmbito da corporação, com toda a transparência necessária".

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