‘Walking Dead’

Contadores são presos em Araguaína suspeitos de sonegação fiscal milionária e fraudes

Uma das empresas foi constituída em nome de uma pessoa que havia sido morta quatro anos antes.

Por Redação 8.286
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14/02/2019 08h58 - Atualizado há 5 anos
Dois contadores foram presos na operação

Dois contadores de Araguaína foram presos durante uma operação da Polícia Civil que investiga a abertura de empresas em nome de pessoas que não existem ou que já faleceram.

Além das prisões, a operação 'Walking Dead' realizada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOTE), deflagrada na tarde desta quarta-feira (13), também cumpriu 06 mandados de busca e apreensão.

Segundo a Polícia Civil, as investigações iniciaram em 2016 quando auditores da receita estadual de Araguaína foram fiscalizar as empresas Líder Atacadista (Armazém Líder) e S.P da Silva (Comercial SP) cadastradas no mesmo endereço em Palmeirante (TO) e tendo por objetivo o comércio de bebidas e cereais. Porém, os auditores apuraram que as empresas nunca funcionaram de fato no local.

Conforme a polícia, as investigações levaram a dois contadores que participaram do esquema de sonegação fiscal: Cleyton da S. T. e Edgar F. R., ambos foram presos.

Também foi apurado que a empresa Líder Atacadista estaria registrada em nome falso de Cleyton. A polícia disse que exames prosopográfico e datiloscópico feitos pelo Instituto de Identificação constataram que as fotografias e impressões digitais dos documentos apresentados para constituição da empresa investigada seriam do contador. 

Já a empresa S.P da SILVA teria sido constituída em nome de Sandra Pereira da Silva em 2014, no entanto, a mulher foi morta em um povoado de Xinguara (PA) em 2010, quatro anos antes.

Durante a operação, o contador Edgar foi encontrado com uma arma de fogo que não possuía registro e nem autorização para portá-la. Por isso, ele também foi autuado pelo crime de posse ilegal de arma de fogo.

Também foram apreendidos vários documentos que ligam as empresas investigadas aos contadores. A polícia disse que eles também estavam com documentos falsos e possuíam pelos menos outros três nomes cada um.

A Justiça ainda determinou o sequestro dos bens dos investigados no valor do crédito tributário devido, sendo R$ 2.802.244,53 referente às dívidas tributárias da empresa Líder Atacadista e R$ 4.512.321,57 da empresa S P da SILVA, totalizando R$ 7.314.566,10 em créditos tributários devidos a fazenda pública estadual.

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