Muitas pessoas não têm noção de como fazer o processo para adquirir uma arma, disse.
A procura no Clube de Tiro Alvo Duplo, em Araguaína aumentou quase 100% após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinar o decreto que facilita a posse de arma de fogo.
"As pessoas estão querendo se informar mais sobre armas, querendo comprar armas e praticar tiro. Muitas querem saber como faz para ter sua arma” (sic), contou o responsável pelo clube, Dave Sollys.
Segundo ele, muitas pessoas não têm noção de como montar o processo para adquirir uma arma. "O clube cuida da documentação de quem quiser ter a sua arma. Nós fazemos todo o serviço, ou seja, desde o despacho até a documentação final para os interessados”, ressaltou.
Dave Sollys lembrou que os pré-requisitos para conseguir o registro de posse de arma de fogo continuam os mesmos. "Não foi retirada nenhuma condição. A pessoa não pode responder processo por nenhum tipo de crime. Tem que entregar todas as suas certidões. Tem que fazer o exame psicológico e uma prova de tiro, chamada de laudo de capacidade técnica", enumerou.
Contudo, segundo o presidente, houve o acréscimo de mais uma exigência. "O interessado que vive ou trabalha em local com crianças, adolescentes ou pessoa com deficiência mental deve declarar possuir cofre ou local seguro com tranca para armazenar a arma”, disse.
Argumento de posse
Antes do decreto do presidente Jair Bolsonaro, o presidente do clube lembrou que a necessidade de ter uma arma era avaliada por um delegado da Polícia Federal, que poderia aceitar ou não o pedido.
“Com o decreto, agora, poderá adquirir uma arma quem mora em cidade ou Estado onde a taxa de homicídios seja superior a dez para cada 100 mil habitantes. Também pode quem morar em áreas rurais, for dono de estabelecimentos comerciais ou industriais, militares, for agente público que exerce funções da área de segurança pública, administração penitenciária, integrantes do sistema socioeducativo lotados nas unidades de internação, ou for colecionador, atirador e caçador, devidamente registrado no Exército”, afirmou.
Prazo de validade
Outra novidade é que o prazo de validade do registro da arma, que antes era de cinco anos, passou para 10 anos. “Isso no âmbito da PF. Foi um grande avanço. No esportivo nada mudou”, finalizou Dave Sollys.