Polêmica

Célio Moura assina pedido de cassação de Carla Zambelli após perseguição de arma em punho

Deputada perseguiu e apontou arma para um homem negro em São Paulo.

Por Redação 501
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30/10/2022 15h21 - Atualizado há 1 ano
Deputado Célio Moura

O deputado federal tocantinense Célio Moura (PT) assinou o pedido de cassação do mandato da colega da Câmara Federal Carla Zambelli (PL-SP) depois que ela perseguiu um homem apontando uma arma para ele em São Paulo.

O PT e a Rede Sustentabilidade protocolaram o documento neste sábado (29). A representação afirma que a congressista quebrou o decoro parlamentar e merece “reprimenda célere e adequada da Câmara dos Deputados, a fim de evitar que novos abusos ocorram, sobretudo com a chegada de novos deputados na nova legislatura”.

O documento também diz que “os ataques e a ameaça armada contra um eleitor durante a véspera das eleições violam diretamente o interesse público, a vontade popular e a Constituição Federal”.

O vídeo, em que Zambelli aparece, mostra o momento em que a congressista cai durante uma discussão e depois corre atrás de um homem negro apontando uma arma para ele.

Logo depois da queda, outro homem - que aparenta ser o seu segurança - a ajuda a levantar e os dois perseguem o suposto atacante, que é chutado por pessoas que passavam no local.

VÍDEO

Vídeo

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Wolney Queiroz (PDT-PE), também disse que vai protocolar uma representação para cassar o mandato de Zambelli.

Em seu perfil no Twitter, Queiroz afirmou que o pedido de cassação por “quebra de decoro” e “vários crimes cometidos” pela deputada será registrado no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar na 2ª feira (31).

“A deputada cometeu vários crimes. O menor deles foi quebrar o decoro ao mentir para a polícia alegando que havia sido empurrada. Ora, o vídeo mostra claramente que a deputada tropeçou ao perseguir o homem de camisa floral”, afirmou.

“É inadmissível que sua excelência, uma deputada federal, de arma em punho, persiga, ameace opositores no meio da rua em plena luz do dia”, diz.

No vídeo, o deputado disse que conversaria com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para que ele solicite explicações à PM (Polícia Militar) sobre a “razão da deputada não ter sido presa em flagrante delito“.

“O que vemos é que a pregação armamentista de violência e intolerância dos bolsonaristas está revelando sua face mais dantesca nesse processo eleitoral”, destaca.

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