Operação apura crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Notícias do Tocantins - O desembargador Helvécio de Brito Maia Neto, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO), foi afastado do cargo por determinação do ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele é um dos alvos da operação Máximus, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (23) para apurar um suposto esquema de venda de decisões judiciais.
Helvécio também está proibido de acessar ou frequentar o TJ e suas repartições, inclusive por meio virtual. Ele também não poderá entrar em contato com outros investigados.
O filho do desembargador, Thales André Pereira Maia, e o advogado Thiago Sulino de Castro, foram presos durante a operação. O advogado teria vínculos com o gabinete de uma desembargadora. Já o filho do magistrado teria negociado a venda de sentenças em nome do pai.
Lotado no gabinete de senador
Atualmente, Thales André Pereira Maia está lotado no gabinete do senador Eduardo Gomes (PL), no cargo de Auxiliar Parlamentar Júnior, desde 2019.
O senador Eduardo Gomes afirmou, em nota, que Thales André sempre esteve a seu lado em suas campanhas e que o auxilia na função de assessoramento no escritório de Palmas desde a época em que ele era deputado federal. “Thales André Pereira Maia sempre apoiou minhas campanhas políticas e desempenhava função de assessoramento em nosso escritório, em Palmas”, destacou.
A investigação da Polícia Federal apura crimes de corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Outros desembargadores investigados
Também são investigados os desembargadores Etelvina Maria Sampaio Felipe, presidente do TJTO; João Rigo Guimarães, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO); Angela Issa Haonat, diretora adjunta da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat) e Ângela Prudente, vice-presidente do TJTO e esposa do vice-governador Laurez Moreira (PDT).
O que diz o TJTO?
O Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) informou, em nota, que atendeu a operação da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (23), repassou todas as informações necessárias e segue à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos necessários.
“Ressalta-se que, até o momento, não foi oficiado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o afastamento de nenhum membro do Judiciário tocantinense”, diz a nota.
O TJTO também disse que o expediente na presidência do Tribunal de Justiça, bem como em seu edifício-sede, na Corregedoria-Geral da Justiça, Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat), Comarcas do Estado e todas as unidades ligadas ao Poder Judiciário do Tocantins segue normal nesta sexta-feira.
A operação
Nesta sexta-feira (23), a Polícia Federal deflagou a Operação Máximus visando apurar supostos crimes de corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa no Poder Judiciário do Estado.
Desembargadores, procuradores, membros do governo e advogados estão na lista de investigados.
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