Almas (TO)

Dezenas de vacinas contra Covid se perdem por congelamento em cidade do Tocantins

Vistoria foi realizada em seis cidades do sudeste do estado.

Por Redação 1.246
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13/08/2021 09h46 - Atualizado há 2 anos
Vacinas foram armazenadas em temperatura negativa

Uma vistoria realizada pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO) em seis cidades da região sudeste, entre os dias 9 e 12 de agosto, identificou que cerca de 40 doses de vacinas contra a Covid-19 foram perdidas há cerca de três meses na cidade de Almas, em razão do congelamento dos imunizantes.

Mesmo diante desse fato, o MPTO verificou que as vacinas continuam armazenadas em temperatura negativa, sob o risco de serem perdidas novamente por congelamento.

As vistorias têm o objetivo de verificar a execução dos planos municipais de vacinação contra Covid-19 e as condições de armazenamento dos imunizantes.

O trabalho vem sendo promovido por técnicos do Centro de Apoio Operacional da Saúde (CaoSaúde) em diversas regiões, a fim de identificar dificuldades e contribuir para uma maior agilidade da vacinação no Estado.

A fiscalização desta semana ocorreu nas cidades de Dianópolis, Novo Jardim, Rio da Conceição, Taipas, Almas e Porto Alegre do Tocantins, que compõem as comarcas de Dianópolis e Almas.

Em Taipas, foi observado que o município adotou estratégia diferente da estabelecida no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19, ao deixar reservados 50% dos imunizantes recebidos para a aplicação da segunda dose. Este fator pode estar contribuindo para a lentidão da vacinação no município, que ainda se encontra na faixa etária superior a 40 anos, segundo alertou a equipe técnica do CaoSaúde.

Já em Rio da Conceição, foi identificada falha nas instalações elétricas da sala de vacina, com potencial risco de danos aos equipamentos e consequente perda de vacinas.

Relatórios com o detalhamento da vistoria em cada cidade serão elaborados e repassados aos promotores de Justiça das comarcas de Dianópolis e Almas.

“O Ministério Público instaurou procedimentos administrativos para acompanhamento de todas as questões atinentes à vacinação em cada município. Este apoio do CaoSaúde é essencial para a constatação de irregularidades e para nortear o trabalho da Promotoria, que a partir de agora poderá tomar medidas administrativas e judiciais para a regularização e otimização da campanha de imunização”, avaliou o promotor de Justiça Rogério Rodrigo Ferreira Mota, das comarcas de  Dianópolis e Almas.

Central móvel

Os técnicos do CaoSaúde também vistoriaram a central móvel de distribuição da vacina, que aporta em Dianópolis nas quartas-feiras com os imunizantes destinados a 15 cidades do entorno. A central móvel foi implementada pelo Estado após intervenções da coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Saúde, promotora de Justiça Araína Cesárea D’Alessandro, visando facilitar a logística de trabalho dos municípios.

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