Cobram valorização

Professores podem deflagrar nova greve em Guaraí e Colmeia após prefeituras ignorarem acordo

Profissionais deflagraram greve nos dois municípios em 2022.

Por Redação
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23/09/2023 08h23 - Atualizado há 7 meses
Assembleia realizada por profissionais da educação

Os profissionais das redes municipais de Educação de Guaraí e Colmeia decretaram estado de greve durante assembleias realizadas na noite desta quinta-feira (21/09). As categorias dos respectivos municípios cobram das prefeituras a valorização da carreira do magistério.

Em outubro de 2022, os profissionais deflagram greve nos dois municípios, mas suspenderam o movimento grevista após acordos com os Executivos municipais, porém, os professores alegam que os acordos, tanto em Guaraí quanto em Colmeia, não foram cumpridos. O estado de greve prevê o prazo de 72 horas para que as prefeituras apresentem respostas sobre as reivindicações.

Em Guaraí, a categoria reclama que a prefeita Fátima Coelho não cumpriu o acordo da greve. O acordo previa o pagamento do reajuste do piso na carreira, conforme a lei do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR).

Para aplicar o reajuste nas tabelas, a prefeitura baixou os níveis da progressão vertical da graduação de 15% para 4%, e da pós-graduação de 6% para 4%, e ainda prometeu aprovar o novo PCCR com a devida reestruturação.

No entanto, a prefeitura judicializou o pagamento do piso, contratou uma empresa para fazer os estudos do PCCR por R$ 42 mil e até agora, mesmo com os estudos finalizados, a gestão não apresentou o resultado. Em agosto de 2023, a prefeitura pediu a prorrogação do prazo para cumprir o acordo que já foi adiado outras duas vezes.

Presente na reunião, o vereador Miqueias se colocou à disposição da categoria, ele prometeu que vai cobrar da gestão uma resposta oficial sobre o estudo do PCCR da educação. 

Já no município de Colmeia, mesmo com o PCCR do magistério aprovado, a prefeitura não implementou as progressões.

A categoria afirma que o prefeito Joctã Reis também descumpriu o acordo da greve. Apesar do Legislativo ter aprovado o PCCR do magistério, a prefeitura não implementou nenhuma progressão.

O acordo com os professores de Colmeia incide no pagamento do piso do magistério do ano de 2022 e na revisão do PCCR da categoria.

Como não cumpriu o acordo, os professores especialistas, graduados e especializados, que se encontram no nível II, na tabela do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) do quadro da educação, estão recebendo a mesma remuneração dos professores com magistério. Professores com progressões estão recebendo a mesma remuneração sem nenhuma diferença na carreira.

Em Colmeia, a assembleia aconteceu na Câmara Municipal. Os vereadores Baixim, Isaac, Divininho e Japão acompanharam o debate na assembleia e se comprometeram em apoiar a categoria e cobrar uma resposta da prefeitura.

Não é justo trabalharmos anos após ano sem nenhuma valorização, não temos carreira”, disse uma professora que prefere não se identificar.

“Situações como estas são inadmissíveis, a educação tem recurso, falta boa vontade dos prefeitos de valorizar a carreira do magistério”, disse a presidenta do Sintet Regional de Guaraí, Iolanda Bastos.

Assembleia em Guaraí
Assembleia em Guaraí

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