Luto

Morre empresário João Claudino aos 89 anos, fundador do Armazém Paraíba e de 13 empresas

Velório será restrito aos familiares por causa da pandemia do coronavírus.

Por Redação 2.613
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24/04/2020 15h12 - Atualizado há 4 anos
João Claudino, tinha 89 anos.

O empresário João Claudino Fernandes, de 89 anos, fundador do Armazém Paraíba, morreu nesta sexta-feira (24), em Teresina (PI). O empresário estava internado no Hospital de Terapia Intensiva (HTI) no bairro Piçarra. Ele lutava contra um câncer na próstata.

O Governo do Estado do Piauí manifestou profundo pesar e decretou luto oficial de três dias pelo falecimento do empresário.

O grupo Claudino é um dos maiores varejistas do país, com presença em pelo menos 15 estados. Ao longo de mais de 50 anos de trabalho no ramo empresarial, João Claudino se tornou dono de uma das maiores redes varejistas do Nordeste. São mais de 10 empresas com sedes na capital piauiense, que empregam mais de 17 mil funcionários. Ele começou os negócios juntos com o irmão Valdecy, mas em 2013 eles decidiram separar as empresas.

Os negócios dos irmãos Claudino iniciaram na cidade de Cajazeiras, na Paraíba. Em 1958, eles resolveram se instalar na cidade de Bacabal, no Maranhão. Em  uma antiga usina de beneficiamento de arroz, nasceu o Armazém Paraíba, empresa que deu origem ao Grupo Claudino.

Empresário fugiu da seca para montar império

João Claudino é natural da cidade de Luís Gomes, Rio Grande do Norte. Nasceu no dia 21 de junho de 1930, filho de João Claudino Sobrinho, Seu Joca, e Francisca Fernandes Galiza, Dona Francisquinha. Casado com Maria Socorro de Macêdo Claudino, in memoriam. O casal teve cinco filhos João Vicente, Cláudia Maria, João Júnior, Alayde Christine e João Marcello.

Na capital piauiense, ele chegou em 1968, dez anos após a inauguração do primeiro Armazém Paraíba em Bacabal, no Maranhão. Com uma visão inovadora e comprovando a vocação para os negócios, João Claudino, ao lado do irmão Valdecy Claudino, transformou as suas lojas em uma das maiores redes varejistas do Brasil e a maior do Norte/Nordeste, com empresas instaladas, inclusive, na região Sudeste do Brasil. Seu João, como sempre foi conhecido carinhosamente pelos piauienses, foi um grande incentivador da cultura local e criatividade nordestina por meio de uma sensibilidade única.

Empreendedor nato, João Claudino mudou a forma de fazer comércio no Piauí. Com perfil arrojado, Seu João diversificou suas atividades empresariais, de acordo com as necessidades do mercado, construindo um dos grupos empresariais mais importantes do país, atuando além do comércio, com indústrias e serviços.

O Grupo Claudino se tornou um conglomerado empresarial com indústrias, agência de publicidade, construtora, gráfica, frigorífico e shopping centers, entre outros negócios e envolve: Armazém Paraíba, Socimol, Guadalajara, Gráfica e Editora Halley, Construtora Sucesso, Frigotil, Colon, Teresina Shopping, Gestão Peles e Couros, Sucesso Publicidade, Houston e Audax.

NOTA DO GOVERNO DO ESTADO

João Claudino tinha 90 anos de idade e estava à frente do Grupo Claudino, um dos maiores conglomerados empresariais do Brasil e do Piauí, incluindo loja de departamento, gráfica, shopping center, fábrica, transportadora. 

O Grupo Claudino é um dos grandes contribuintes do Piauí, ajudando no desenvolvimento do Estado. A história do grupo no Piauí começou em 1968, quando os irmãos João e Valdeci Claudino, natural de Cajazeiras (PB), transferiram de Bacacal (MA) para Teresina a matriz do Armazém Paraíba. 

A loja mudou conceitos no comércio local, realizando promoções, oferecendo facilidades e trazendo para a cidade as novidades dos grandes centros. O sucesso provocou uma demanda crescente por mais produtos e a abertura de novas lojas em outras cidades.

Carro-chefe do Grupo Claudino, o Armazém Paraíba é a quarta maior loja de departamentos do Brasil no ranking “300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro 2019”, organizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

João Claudino também foi um dos grandes entusiastas da cultura piauiense. Por meio de suas empresas, ele financiou a reforma de várias casas culturais do Estado, por meio da Lei de Incentivo Estadual à Cultura (Siec).

Neste momento de luto, o Governo do Estado do Piauí presta condolências aos familiares, amigos e à sociedade piauiense, que perde um dos grandes nomes de sua história.

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