A Polícia Civil indiciou um empresário de 27 anos novamente, nesta terça-feira (23/01), em continuidade às investigações a respeito de crimes de estelionato que causaram prejuízos milionários a moradores de Paraíso do Tocantins.

O delegado José Lucas Melo explicou que o empresário foi indiciado pela terceira vez pela prática do crime de estelionato, uma vez que a Polícia Civil conseguiu localizar mais uma vítima. O autor atuava no ramo de compra e venda de produtos alimentícios por atacado.

"Esse indivíduo já havia sido indiciado anteriormente por aplicar golpes em moradores de Paraíso. Ele atraía potenciais investidores com a promessa de altos lucros em um curto prazo. Para convencer os investidores, dizia que atuava com compra e venda de alimentos, sobretudo açúcar e óleo, que seriam revendidos para grandes supermercados da cidade posteriormente”, disse. 

Dessa forma, o empresário cooptou vários potenciais investidores e fez com que eles investissem altos valores na empresa. Ocorre que o indiciado não conseguiu cumprir com a promessa de lucro rápido e alto, situação que fez os investidores perceberem o golpe e denunciarem o homem à Polícia Civil.

Conforme o delegado José Lucas, em um primeiro momento, o empresário chegou a repartir os supostos lucros obtidos com a venda de uma carga de insumos alimentícios avaliada em R$ 50 mil para dar uma aparência de legalidade ao negócio e fortalecer a confiança com investidores que sequer sabiam a existência um dos outros. 

“No entanto, após esse primeiro ato, as investigações demonstram que o indivíduo desviou em proveito próprio o restante do dinheiro, lesando vítimas que chegaram a perder entre R$ 100 mil a R$ 650 mil com a prática do golpe”, disse.

Somente nesse terceiro indiciamento concluído, uma vítima teve prejuízo estipulado em mais de R$ 500 mil. 

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Preso por outro crime

Após tomar conhecimento de que estava sendo investigado e que poderia ser preso, o empresário entrou em contato com sua ex-companheira relatando o caso e fazendo ameaças.

No entanto, ele estava proibido de se aproximar ou falar com a mulher e acabou preso na semana passada pelo descumprimento da medida protetiva.

O empresário agora responde por três crimes de estelionato, mas o número ainda pode aumentar, pois a Polícia Civil trabalha com a possibilidade da existência de mais vítimas que caíram nos golpes do falso lucro. 

“Trata-se de condutas muito graves perpetradas por esse indivíduo e que induziram pessoas a erro e causam prejuízos milionários. Desse modo, a Polícia Civil agiu com celeridade e desvendou toda estratégia criminosa utilizada pelo autor, impedindo que mais investidores fossem lesados”, pontuou o delegado José Lucas.