Fim dos CPMs

Estudantes fazem abaixo-assinado e protestos contra mudanças nos colégios militares no Tocantins

O abaixo-assinado no site Avaaz.org já tem mais de 4 mil assinaturas.

Por Redação 1.854
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05/11/2019 15h28 - Atualizado há 4 anos
Protesto dos estudantes em Paraíso do Tocantins

Estudantes de várias unidades dos Colégios da Polícia Militar do Tocantins já foram às ruas protestar contra as mudanças anunciadas pelo Governo do Estado. Na semana passada, a Secretaria da Educação, Juventude e Esporte (Seduc) anunciou o fim do processo seletivo para ingresso nas unidades, mudança na nomeclatura e rejeitou a proposta de um Regimento Interno específico pautado no respeito e disciplina.

A escola que oferta o ensino fundamental passa a se chamar Colégio Estadual Cívico-Militar e as que ofertam o ensino médio Colégio Estadual de Ensino Médio Cívico-Militar.

Os estudantes são contrários às mudanças e novos protestos estão marcados para esta semana. Contudo, a reportagem apurou que os diretores estariam sendo orientados a impedir as manifestações dos alunos.

Em Araguaína, houve protesto na última sexta-feira (1º) e está previsto outro para esta quarta-feira (6), a partir das 17h30, no centro da cidade. Centenas de estudantes também foram às ruas em Paraíso do Tocantins e Augustinópolis. O movimento já ganhou a adesão de pais e simpatizantes da disciplina militar. Nas redes sociais, a hastag #SomosTodosCPM dá o tom da reivindicação.

Os estudantes também lançaram um abaixo-assinado no site Avaaz.org e já tem mais de 4 mil assinaturas.

“Precisamos manter o Colégio Militar da forma que foi instituído. A mudança arbitrária do Governador do Estado irá restringir o ingresso no CPM, alterou a nomenclatura e consequentemente alterará a disciplina e metodologia que vem sendo empregadas, ocasionando retrocesso aos níveis já alcançados. Ajude a barrar essa arbitrariedade. Assine a petição. Não ao Cívico-Militar!”, diz o texto da petição pública.

Por outro lado, o próprio governador Mauro Carlesse (DEM) já reuniu todos os diretores das unidades para convencê-los em relação às mudanças que foram impostas repentinamente pela secretária Adriana Aguiar sem nenhum diálogo com professores e comunidade escolar.

Sem o processo seletivo, o sistema da Seduc fará a Transferência Automática (TA) dos alunos que já estudam nas unidades mais próximas dos Colégios Cívico-Militares. Com isso, estudantes de escolas mais distantes e até de outros municípios só vão concorrer às vagas que eventualmente não forem preenchidas no processo de transferência automática. Ou seja, não haverá um sorteio como anunciado pela secretaria. 

Atualmente, o Estado conta com 12 colégios e mais de 7,6 mil estudantes atendidos nesta modalidade.

Protesto de estudantes do Colégio da Polícia Militar em Araguaína

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