Depois da divulgação das notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), houve uma movimentação eufórica por parte de jovens que participaram da prova, afinal o bom desemprenho no exame é pré-requisito para o ingresso em diversas instituições de ensino superior do Brasil.

Waléria Andrade da Cruz, de 17 anos, concluiu o ensino médio em 2018 e fez as provas durante os três anos. Ela pretende cursar psicologia na Universidade Federal do Tocantins.

"Enquanto estava na primeira e segunda série do ensino médio, em 2016 e 2017, participei do Enem como teste, justamente para saber como seria lidar com a prova", contou a jovem.

Ela começou a estudar para o Enem desde o início do ensino médio e intensificou a preparação no último ano. "No terceiro ano eu tinha uma noção muito bem desenhada sobre os meus pontos fortes e os meus pontos fracos baseados nas medições de 2016 e 2017”, contou a jovem, que também participou de muitos simulados durante o ano de 2018.

Waléria Andrade relatou também que a prática foi importante para conseguir controlar a ansiedade no momento do exame “A ansiedade é basicamente inevitável quando você se vê diante da prova, mas eu consegui controlar o meu nervosismo para que isso não me atrapalhasse durante a realização da prova”, explicou ela.

Conhecer a prova e saber do seu objetivo também é importante. Nesse sentido, Waléria pesquisava sobre as antigas notas de corte do curso que pretende fazer para ter a noção de quanto precisaria tirar para ter chance de concorrer a uma vaga. “O que eu procurei sobre a nota de corte me ajudou muito a ter noção da possibilidade dessa prova”, disse a jovem.

Para a estudante, o segredo é se inspirar nas versões anteriores da prova. “Na preparação, eu resolvi muitas questões no modelo Enem, já que ele tem uma personalidade muito própria, então ele exige que você faça provas antigas, que você procure questões com estilo que ele costuma cobrar”, disse.

Como resultado do seu esforço, Waléria alcançou 920 pontos na redação do Enem. “Fazendo questões e treinando a redação você também aprende a administrar o tempo perdido, isso é de extrema importância. Quando você faz a prova, precisa saber pular as questões com rapidez, então é necessário agilidade”, concluiu a jovem.

Outra jovem que conseguiu destaque na nota final foi Letícia Mascarenhas, de 18 anos. Ela também já participou de outras duas edições como treinamento e aumentou seu desempenho ao longo dos anos.

“Na primeira vez, o meu valor da redação foi 600 pontos, no segundo ano eu tirei 680 e esse ano eu tirei 980”, contou ela.

A jovem disse também que faz redações uma vez por semana. "A minha preparação foi basicamente essa: estudar redação para ter apoio em prática. Uma vez por semana estou fazendo redação e olhando modelos de nota mil no Enem", contou.

A jovem pretende cursar medicina e sente que ainda precisa melhorar para alcançar o seu objetivo. “Provavelmente esse ano não vai dar para alcançar a nota de corte porque matemática não me ajudou muito, mas vou continuar tentando até conseguir 1.000 pontos na redação e tirar uma nota maior nas áreas que eu preciso para alcançar meu curso”, relatou.

Letícia Mascarenhas contou que a internet foi uma grande aliada nos estudos. “Tem muito professor na internet, também é bom analisar os seus erros, pegar modelos de redação nota 1.000 e continuar tentando, praticando”, finalizou.