Santa Rita do Tocantins

Ex-prefeito é condenado à prisão por doar área pública de R$ 500 mil a amigo de infância

A área foi destinada à construção de um posto de combustíveis.

Por Redação 1.160
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10/10/2019 17h02 - Atualizado há 4 anos
Santa Rita do Tocantins

O ex-prefeito de Santa Rita do Tocantins Arthur Caires Maira foi condenado por cometer crime contra a Lei de Licitações ao doar uma área pública de 19.600 metros quadrados a um amigo de infância, sem licitação.

O beneficiário da doação, o empresário Milton Silva Chagas, também foi condenado. A ação penal foi movida pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO).

O imóvel localiza-se às margens da BR-153 e está avaliado em cerca de R$ 500 mil. Com a doação, a área foi destinada à construção de um posto de combustíveis.

PRISÃO SUBSTITUÍDA POR PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

O ex-prefeito foi condenado a pena de três anos de detenção em regime aberto, que foi substituída por penas restritivas de direito, por ele ser réu primário e ter-lhe sido aplicada pena inferior a quatro anos. Assim, terá que prestar serviços à comunidade ou a entidades públicas por três anos; cumprir pena de prestação pecuniária de três salários-mínimos, destinada a uma entidade beneficente; e pagar multa de R$ 10 mil.

O empresário Milton Silva Chagas também foi condenado a pena de três anos de detenção em regime aberto, igualmente substituída pela prestação de serviços e pela prestação pecuniária de três salários-mínimos.

DOAÇÃO ILEGAL

Conforme a sentença, para a transferência de bem público é necessário interesse público justificado, autorização prévia da Câmara, avaliação de valor e licitação na modalidade concorrência.

No caso deste imóvel, as formalidades legais não foram cumpridas, pois a doação do bem público visou benefício direcionado para a empresa de Milton Silva Chagas, segundo avalia o magistrado na sentença.

A denúncia criminal contra os réus foi proposta pelo promotor de Justiça Vinícius de Oliveira e Silva, em abril de 2018. A sentença condenatória foi proferida pelo juiz Alessando Hofmann Teixeira Mendes no último dia 9 de setembro. Ainda cabe recurso da decisão.

Em outra ação judicial, da esfera civil, o Ministério Público do Tocantins tenta reverter a doação do imóvel público, bem como aplicar aos réus as penas por ato de improbidade administrativa.

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