'União Brasil'

Opositores, Carlesse e Dorinha ficam no mesmo partido com fusão entre DEM e PSL

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda precisa aprovar a nova sigla.

Por Redação 576
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06/10/2021 15h07 - Atualizado há 2 anos
Carlesse e Dorinha

O DEM e o PSL aprovaram, em convenções realizadas nesta quarta-feira (6) em Brasília, a fusão entre as duas legendas. O novo partido se chamará 'União Brasil' e o número será o 44.

A expectativa, segundo o presidente nacional do DEM, ACM Neto, é de que a fusão leve à formação da maior legenda do país. Entretanto, o processo deve gerar atritos e levar à saída de vários filiados dos dois partidos, inclusive congressistas.

No Tocantins, por exemplo, o PSL está sob o comando do governador Mauro Carlesse e o DEM, nas mãos da deputada federal Professora Dorinha, que são opositores políticos. Assim, a disputa pela presidência do futuro partido deve gerar um novo atrito entre os dois. 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda precisa aprovar a nova sigla. A cúpula do DEM crê que o processo de fusão leve três meses para ser analisado pelos ministros.

Ministro do Trabalho e da Previdência do governo Bolsonaro e filiado ao DEM, Onyx Lorenzoni, votou contrário à união dos partidos e pediu para que a posição dele constasse na ata da convenção.

Mesmo com baixas nos dois partidos, o União Brasil deve contar com a maior bancada na Câmara dos Deputados. Atualmente:

DEM

  • 28 deputados
  • seis senadores, incluindo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

PSL

  • 54 deputados
  • dois senadores

Se considerados os números atuais dos dois partidos, a fusão deixaria o União Brasil com um total de 82 deputados. A segunda maior bancada é a do PT, com 53 deputados.

No Senado, o União Brasil contaria com oito parlamentares e seria a quarta maior bancada, atrás de MDB (maior bancada, com 15 senadores), PSD, Podemos.

Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro foi filiado ao PSL e estava no partido quando foi eleito, em 2018. Ele deixou a legenda em novembro de 2019 após uma série de desentendimentos com o presidente do PSL, Luciano Bivar.

A saída de Bolsonaro desencadeou uma crise no partido, dividindo as alas ligadas a ele e a Bivar.

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