Ana Júlia e Ana Sofia

Gêmeas só dormem e não se mexem desde que nasceram há 6 meses e caso intriga médicos no Pará

A alimentação delas é feita por sonda gástrica. As duas estão internadas em Redenção, no Pará.

Por Redação 3.510
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05/12/2019 14h29 - Atualizado há 4 anos
Mãe observa as filhas

Um caso raro de duas gêmeas tem deixado profissionais de saúde intrigados em Redenção, no sul do Pará. As irmãs nasceram há seis meses e ainda não esboçaram reação. Elas apenas dormem. O hospital onde as duas estão internadas ainda não conseguiu chegar a um diagnóstico.

Desde que nasceram, Ana Júlia e Ana Sofia não acordaram e também não conseguem respirar bem sem a ajuda de aparelhos. A alimentação delas é feita por sonda gástrica.

A mãe, Luana Tintiliano da Silva, passou por uma cirurgia quando estava grávida de três meses. Depois disso, ela não conseguiu mais dormir durante os meses seguintes da gestação. Hoje a situação não é diferente. Ela fica em uma cadeira reclinável, onde passa a noite enquanto acompanha as gêmeas no Hospital Regional de Redenção.

"Elas não se mexiam quando nasceram, não esboçaram nenhuma reação. Uma mulher do laboratório disse que ficou impressionada, não estava entendendo porque elas não se mexiam", contou Luana.

A criança Ana Júlia está na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde toma quatro remédios diferentes para as convulsões frequentes.

Os médicos ainda não conseguiram descobrir a causa dos sintomas, mas suspeitam que as meninas tenham nascido com uma desordem genética rara chamada "erro inato do metabolismo" - quando o corpo não consegue transformar os alimentos em energia de forma correta.

O diretor técnico do hospital, Rodolfo Skrivan, disse que a unidade continua tentando resolver a situação. "Estamos em contato com outros serviços, outros hospitais, que trabalham com pesquisa nessa área, mas precisamos de uma ajuda porque ainda não se chegou a um diagnóstico", afirmou.

O hospital tem um laboratório próprio e é o mais equipado da região, mas também tem limitações. Alguns exames genéticos que poderiam ajudar a fechar o diagnóstico das meninas são feitos apenas nos grandes centros, como em São Paulo. Um deles custa R$ 7 mil.

O biomédico Rodrigo Alves de Oliveira, que atende o caso, disse que sem diagnóstico não há solução. "Se eu não buscar outro tipo de solução, a gente vai ficar eternamente na mesma, com resultados que apresentam anormalidade, então isso não me fecha diagnóstico e não me permite tratamento", explicou.

Enquanto isso, o tempo passa e o desespero da mãe Luana só aumenta. O quadro de saúde das meninas tem se agravado devido às infecções contraídas no hospital.

"Eu preciso de alguém que queira estudar o caso delas, porque aqui elas só estão pegando infecção, pegando coisa do hospital, tratando com antibiótico forte", contou a mãe Luana.

As informações são do G1 Pará.

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