Na próxima quinta-feira (11), o governador Mauro Carlesse deve receber a diretoria da companhia Azul Linha Aéreas para assinar o Termo de Acordo de Regime Especial (Tare), dando a concessão de benefício fiscal para implantação de voo direto entre Palmas e Recife.

Após a assinatura, já no mês de julho, começa então a primeira rota na história do Tocantins, ligando a Região Nordeste do Brasil, Palmas para Recife.

Segundo o Governo do Estado, esse trecho irá conectar Palmas com vários países da Europa, como: Portugal, Holanda, Alemanha e França. O reflexo da redução do ICMS foi tão importante, que a empresa área Azul também se comprometeu a retomar a rota Palmas a Brasília novamente.

Além disso, terá início o Stopover, um benefício para quem deseja conhecer outros lugares durante uma escala ou conexão que dura mais de 24 horas antes do destino final, via Brasilia, pela empresa TAP de Portugal.

Na última quinta-feira (4), o presidente da Agência de Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa do Tocantins (Adetuc), Tom Lyra, esteve reunido em São Paulo, na matriz Brasileira da Azul, com o diretor da Azul Viagens, Marcelo Bento Ribeiro e Cezar Grandolfo, com os objetivos de definir e estabelecer prazos para a assinatura do termo.

A expectativa é de que outras companhias também ampliem sua oferta de voos, uma vez que o Governo do Tocantins anunciou, em fevereiro, a redução de impostos nos combustíveis das aeronaves que operam nos aeroportos do Estado.

ARAGUAÍNA FORA DAS TRATATIVAS

Segundo fontes consultadas pelo AF Notícias, o Governo do Estado não incluiu a possibilidade de oferta de novos voos no Aeroporto de Araguaína, a segunda maior cidade do Estado. Atualmente, apenas um voo é ofertado pela companhia Passaredo no aeroporto da cidade e com um único destino: a capital Palmas.

O aeroporto de Araguaína perdeu 70% dos voos e o movimento de passageiros caiu praticamente pela metade em um ano, segundo informações do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. O terminal saiu de 3,2 mil voos em 2015 para 962 em 2016.

Até o final de 2015, três companhias aéreas operavam no aeroporto de Araguaína, todas com aeronaves turboélices, que são menores que as de turbina e acomodam em média 90 passageiros por voo. Com a crise do setor, duas companhias suspenderam a operação na cidade, a Azul e a Sete Linhas Aéreas. Diante disso, apenas a Passaredo segue com voos comerciais em Araguaína, mas também diminuiu de três voos diários para apenas um.

Há um projeto aprovado de expansão do terminal e da pista. O Governo Federal já garantiu a liberação de aproximadamente R$ 50 milhões. A licitação da obra ficou sob a responsabilidade da prefeitura e os serviços deveriam ter começado no segundo semestre de 2017, mas nunca iniciou.