Política

Guerra pelo comando do PRTB tem acusação de tráfico de drogas, estelionato e Maria da Penha

Uma série de petições foram parar no TSE com acusações de todos os lados.

Por Redação 567
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25/07/2023 09h28 - Atualizado há 9 meses
Fundador do partido, Levy Fidelix morreu em 2021 vítima da Covid-19

Com a morte do fundador do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), Levy Fidelix, em 23 de abril de 2021, vítima da Covid-19, teve início uma disputa pelo controle interno do partido.

Legenda ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que teve o então vice-presidente Hamilton Mourão na chapa vencedora de 2018, hoje senador pelo Republicanos, a agremiação passa nesse momento por uma crise sem precedentes.

Considerado um partido de direita, que durante os últimos 4 anos, o PRTB defendeu a bandeira do Bolsonarismo, "Deus, Pátria e família", mas parece que foi só no discurso.

Logo após o falecimento de Levy, em 2021, sua esposa Aldineia Rodrigues Fidelix da Cruz assumiu o controle do partido. Acusada de diversas irregularidades na gestão do PRTB, ela foi derrubada na Justiça por Júlio Fidelix, irmão de Levy que mora no Tocantins. Acontece que no final do mês de maio, Júlio foi afastado pelo ministro Alexandre de Moraes, também, por irregularidades na condução do partido.

Julio Fidelix e Aldineia Fidelix travam uma disputa dentro do partido com diversas acusações de ambos os lados. Aldineia afirma que Júlio falsificou a ata que o elegeu no dia 30 de dezembro de 2021, incluindo assinaturas falsas, inclusive de fundadores do partido que já haviam falecido. Já Aldineia é acusada de uso indevido dos recursos do partido.

A queda de braço foi parar no Tribunal Superior Eleitora (TSE) sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes que determinou a convocação dos vice-presidentes Pedro Tiago de Orleans e Bragança e Murad Karabachian, para no prazo de 60 dias convocarem novas eleições no partido.

Uma série de petições foram parar no TSE com acusações de todos os lados. Em uma delas, um dos convocados para realizar as eleições, Murad Karabachian, é acusado de possuir condenações criminais e responder a vários processos, inclusive pela Lei Maria da Penha (suposta agressão à ex-mulher), inclusive tendo sido afastado da direção da Fundação Karnig Bazarian (Faculdade Integradas de Ipatinga), por causa dessa condenação.

Nessa mesma petição, a dirigente do PRTB em São Paulo, uma das postulantes ao cargo de presidente nacional do partido, é acusada de ser casada com Arthur Marcelo Borges dos Santos, que teria sido inserido ilegalmente como membro do diretório do PRTB. Arthur, que advoga para Murad Karabachian, já teria sido preso e condenado por tráfico de drogas.

O cunhado de Raquel de Carvalho e irmão de Arthur, Paulo Marcos Borges dos Santos, também teria sido inserido irregularmente como membro do diretório nacional, além de responder por improbidade administrativa por suposto desvio de recursos públicos.

Em uma das petições enviadas ao TSE, o convocado por Alexandre de Moraes, Murad Karabachian, pede ao ministro a nomeação de Raquel de Carvalho como presidente do PRTB.

Ao longo desse ano de 2023, diversas reuniões de membros de PRTB acabaram em confusões com registro de boletim de ocorrência nos estados da Bahia, São Paulo e Distrito Federal, sempre com trocas de acusações.

Apesar de o PRTB não ter batido a cláusula de barreira nas últimas eleições, um partido político é sempre importante nas disputas municipais para o lançamento de candidaturas de prefeitos e vereadores. Essas legendas menores sobrevivem elegendo vereadores e prefeitos de pequenas cidades. 

O ministro Alexandre de Moraes determinou que seja marcado data, hora e local para o término dessa disputa.

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