Após denúncia de pacientes e profissionais da saúde sobre a falta de materiais de higiene e de limpeza no Hospital Regional de Porto Nacional (HRPN), o Ministério Público do Tocantins (MPTO) notificou a direção da unidade, nessa terça-feira (7), para que preste informações sobre aos problemas no prazo de 72 horas.

Segundo servidores, faltam produtos básicos de limpeza, inclusive sabão para lavar as mãos, além de papel higiênico e hipoclorito. A maior preocupação é com a ala que abriga pacientes com a Covid-19.

Em carta à direção da unidade, os servidores relatam ao menos 15 problemas, como a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs); falta de higienização dentro do hospital; ausência de servidores da limpeza; falta de maqueiro em quase todos os plantões; fluxo incorreto de pacientes com covid-19, entre outros.

Mais de 10 servidores que trabalham no hospital já foram diagnosticados com a Covid-19. Uma servidora está na UTI do Hospital Geral de Palmas em estado grave e um técnico em radiologia faleceu no último sábado (4/7)

O Hospital de Porto Nacional é referência para cerca de 15 municípios na região.

Conforme o Ministério Público, as informações requisitadas servirão para instruir procedimento instaurado, ainda no mês de janeiro, depois que um familiar de paciente denunciou diversas irregularidades ligadas à falta de materiais de limpeza e higiene no hospital.

“Já tínhamos um procedimento em curso e algumas providências foram tomadas antes da pandemia, mas diante dos fatos  noticiados nesta semana, reiteramos o pedido de informações junto à direção do hospital”, disse o promotor de Justiça da 7ª Promotoria.

Porto Nacional é a 4ª cidade mais afetada pela covid-19 com 449 casos e 7 óbitos, conforme o boletim epidemiológico desta quarta-feira (8).

O QUE DIZ A SAÚDE

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) afirmou, em nota, que o Hospital Regional de Porto Nacional (HRPN) encontra-se abastecido de insumos e materiais de limpeza. A SES também enviou fotos dos produtos.

Fotos enviadas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) para comprovar o abastecimento / Foto: SES

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