Protesto

Bloqueio da BR-153: caminhoneiros esperam 'posicionamento em Brasília' contra STF

Manifestantes já se organizam para instalar tendas e banheiros.

Por Redação 1.744
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08/09/2021 18h15 - Atualizado há 2 anos
BR-153 bloqueada em Araguaína

O bloqueio da BR-153 feito por caminhoneiros em Araguaína (TO), na tarde desta quarta-feira (8/9), tem apoio de empresários e ruralistas da cidade, além de pessoas da comunidade, segundo os organizadores. Não há previsão para liberação total da rodovia.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está no local e informou que a interdição é parcial, apenas para caminhões. "Veículos de passeio, transporte de passageiros e caminhões com cargas vivas e perecíveis estão passando", afirmou. 

A mobilização ocorre em apoio ao presidente da República, Jair Bolsonaro, que vem fazendo ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Congresso Nacional.

Os manifestantes estão se organizando para instalar tendas, banheiros químicos e fornecer alimentos aos adeptos do movimento. O bloqueio em Araguaína é no trevo do Distrito Agroindustrial da cidade (Daiara). 

Reivindicações?

Um caminhoneiro que está entre os organizadores da paralisação disse que a interdição era para durar 72 horas a partir desta quarta-feira (8), mas o Senado Federal cancelou as sessões “para não receber os pedidos que a população estava reivindicando”.

"Vamos permanecer com a pista fechada até que se tome um posicionamento em Brasília. Enquanto isso não acontecer, nós vamos permanecer fechado”, disse.

Segundo ele, as reivindicações não são dos próprios caminhoneiros, nem contra o alto preço do diesel. “Nós estamos dando apoio à população, para o povo brasileiro. Primeira coisa é nossa Pátria que precisa ser respeitada. Nós estamos vivendo hoje uma ditadura de toga [juízes], onde os bandidos estão sendo soltos e os trabalhadores praticamente presos, isso aí a gente não pode permitir não”, frisou.

País vai parar!

O organizador também afirmou que o Brasil vai parar. “De acordo com o pessoal que está em Brasília, vencendo essas 72 horas, nós vamos parar o país. Não vai passar carro, não vai passar ônibus, não vai passar nada. Então eu peço para as pessoas que estão com viagem marcada que fiquem em casa, não saiam de viagem, para evitar transtornos na estrada, se não vai dar trabalho para gente e para quem está viajando também.  Eu peço que fiquem em casa e, quem puder, que venham dar apoio, que venha ajudar”, afirmou.

Paralisação no Brasil

O Ministério da Infraestrutura informou que, com base em informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram registrados pontos de concentração de manifestantes "com abordagem a veículos de cargas" em rodovias de 8 estados: Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná, Maranhão e Rio Grande do Sul.

Locais dos protestos

Em Santa Catarina, foram registrados pontos de bloqueio em cinco rodovias: BRs 282, 101, 116, 280 e 470. Na primeira delas, já não havia restrições às 16h desta quarta-feira.

No Rio Grande do Sul, eram registradas 11 mobilizações em nove rodovias federais e estaduais. No estado, uma manifestação de indígenas também prejudica o trânsito na BR 386. Neste protesto, o tráfego é interrompido e liberado a cada 30 minutos.

Na Bahia, os protestos aconteciam na BR-242, próximos às saídas de Luís Eduardo Magalhães e Barreiras.

No Maranhão, a manifestação ocorria na BR 230, próximo à saída da cidade de Riachão. Além de apoiar os atos do 7 de Setembro, os caminhoneiros no local também pedem a redução de impostos sobre o preço dos combustíveis.

No Tocantins, o bloqueio ocorria na BR-153, em Araguaína, no norte do estado.

No Espirito Santo, há pontos de concentração de caminhoneiros nas rodovias BR-101, BR-262, BR-447 e BR-482, mas sem interdições.

Além desses estados, houve registro de protestos também no Paraná, Mato Grosso e na região de Ourinhos, em São Paulo.

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