Corrupção no Tocantins

Juiz mantém prisão de primo de Miranda, suposto controlador de empresa em nome de 'laranja'

A Operação Urutau é um desdobramento da Operação Reis do Gado.

Por Redação 1.127
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01/10/2019 13h35 - Atualizado há 4 anos
Luciano Rocha, primo do ex-governador Marcelo Miranda

O juiz federal João Paulo Abe, da 4ª Vara Federal de Palmas, liberou durante a audiência de custódia os investigados por corrupção Guilherme Costa de Oliveira e Kamile Oliveira Salles, presos na manhã desta terça-feira (1°) pela Polícia Federal na Operação Urutau.

Conforme o magistrado, os investigados prestaram todos os esclarecimentos necessários. No caso de Kamile Oliveira Salles, ela também possui dois filhos menores de idade.

Por outro lado, o juiz manteve a prisão temporária do primo do ex-governador Marcelo Miranda, Luciano de Carvalho Rocha, por entender que, em tese, ele colabora com atos de lavagem de dinheiro e que, supostamente, controla uma empresa em nome de um suposto 'laranja'.

ENTENDA

A Operação Urutau, que significa rei da camuflagem, é um desdobramento da Operação Reis do Gado, que investiga desvios de mais de R$ 300 milhões dos cofres públicos.

Além de primo do ex-governador, Luciano de Carvalho Rocha é empresário e vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Tocantins (SindusconTO). Ele é também filho de Luiz Antônio da Rocha, que foi secretário da Controladoria-Geral na gestão Miranda em 2016. Kamile Salles é esposa de Luciano. 

Já Guilherme Costa de Oliveira tem uma empresa em seu nome [Construtora Construarte Eireli], mas é apontado pela PF como "testa-de-ferro" da Família Miranda.

A Construtora Construarte foi beneficiada com diversos contratos com o Governo do Estado durante a gestão de Marcelo Miranda. Segundo a Polícia Federal, o valor total dos contratos pode ultrapassar R$ 50 milhões.

O juiz menciona que o controlador da empresa era, na verdade, Luciano Rocha, primo do ex-governador. “Segundo informado, a empresa em comento era concretamente controlada por Luciano de Carvalho, primo do ex-governador e de seu pai Brito Miranda. Conforme afirmou o colaborador, Luciano teria atuado como interposta pessoa em favor de Marcelo Miranda em diversos negócios de caráter fraudulento, tendo utilizado seu nome para, juntamente com o cunhado do governador, Marcelino Leão Mendonça, constituir a empresa WTE”, diz a decisão.

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