Norte do estado

Suspeita de homem armado dentro de fórum mobiliza polícia e juíza cancela audiências

O fórum estava lotado e com várias audiências agendadas.

Por Redação 2.918
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04/03/2020 18h43 - Atualizado há 4 anos
Fórum da Comarca de Wanderlândia, norte do estado

Todas as audiências que seriam realizadas na tarde desta quarta-feira (4) no Fórum da Comarca de Wanderlândia, norte do estado, foram canceladas por suspeita de que havia uma pessoa portando arma de fogo no local. 

Segundo advogados, o fórum estava lotado, principalmente de posseiros e fazendeiros que disputam na justiça o domínio de terras na região. As audiências serão remarcadas.    

“Surgiu o boato de que tinha alguém armado dentro do fórum e poderia atentar contra a vida da juíza”, disse um advogado que estava no local para audiência.

Por causa do temor, a juíza Wanessa Lorena Martins de Sousa Motta, titular da Comarca, não teria comparecido ao fórum. A suspeita também mobilizou a Polícia Militar. Algumas pessoas teriam sido revistadas.

O QUE DIZ O TJ

A Assessoria Militar do Tribunal de Justiça do Tocantins (Asmil) informou, em nota, que o fato ocorrido no Fórum de Wanderlândia partiu de uma denúncia anônima que se revelou infundada.

Conforme a nota, a Polícia Militar do Município ouviu formalmente o suposto autor das ameaças e constatou que ele não estava armado. A Asmil disse ainda que acompanha o caso ao lado das forças de segurança locais e está dando todo suporte à juíza diretora do Fórum.

AMEAÇAS CONTRA JUÍZES

No dia 3 de fevereiro deste ano, a Polícia Civil deflagrou uma operação para prender membros de uma facção criminosa que fizeram ameaças de morte contra juízes da Vara Criminal de Palmas.

Segundo o delegado Eduardo de Menezes, responsável pela operação, a ameaça estava numa carta escrita à mão encontrada no Pavilhão B da Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP) em 18 de janeiro do ano passado.

 “Chamou a atenção uma ameaça clara a um dos magistrados. Em um dos trechos do bilhete, o autor escreve que, caso seja mantido enclausurado, o magistrado ‘queimaria no fogo do inferno’”, afirmou.

O delegado disse que em outro escrito apreendido, a morte de um Juiz de Direito também surge como um objetivo da facção. “O criminoso responsável pela confecção do bilhete deixa claro aos seus destinatários que um adolescente de outro Estado seria recrutado para execução do ‘serviço’”. A morte do magistrado traria respeito à organização criminosa, conforme o bilhete.

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