Representação eleitoral

Justiça suspende propaganda de Dimas que cita Wanderlei e Tabocão, mas mantém sobre Igeprev

Campanha de Dimas vem afirmando que o governo deu calote no Igeprev.

Por Redação 574
Comentários (0)

25/09/2022 17h19 - Atualizado há 1 ano
Decisão fixa multa de R$ 1 mil por cada veiculação.

(Matéria atualizada com base na decisão judicial proferida)

A Justiça Eleitoral determinou que o candidato a governador Ronaldo Dimas (PL) retire do ar uma propaganda eleitoral na qual afirma que o governador Wanderlei Barbosa concedeu créditos de R$ 7 milhões para distribuidoras de combustíveis dois dias depois de receber o apoio de Edison Tabocão, que é um grande empresário do ramo. Por outro lado, a Justiça não acatou o pedido para suspender a propaganda que aponta suposto calote do governo no Igeprev.

"Percebe-se que os créditos no valor de sete milhões de reais originam-se de política pública federal, a qual autoriza a União a entregar auxílio financeiro aos Estados e ao Distrito Federal que outorgarem créditos tributários do ICMS aos produtores e distribuidores de etanol hidratado", afirma a decisão da proferida pela juíza eleitoral Edssandra Barbosa, do TRE-TO, na última sexta-feira (24).

Assim, conforme a juíza, a propaganda de Dimas tirou do contexto o conteúdo para passar mensagem inverídica, dando a ideia de que os créditos teriam sido liberados em benefício próprio do candidato ao governo da coligação representante, e não em virtude de política pública federal que visa diminuir o preço dos combustíveis, incutindo imagem negativa do concorrente no eleitorado.

O benefício foi concedido pelo Governo do Estado para reduzir o preço do etanol nas bombas, pois o combustível deixou de ser vantajoso após a baixa da gasolina.

Diante disso, a magistrada determinou que Dimas suspenda a propaganda, sob pena de multa de R$ 1 mil por cada veiculação.

IGEPREV

A coligação de Wanderlei Barbosa também tentou suspender a propaganda em que a campanha de Dimas afirma que os servidores públicos estão sendo prejudicados pela falta de repasse de valores por parte do Governo ao Igeprev. Contudo, a juíza negou o pedido.

O governo nega atrasos nos repasses e afirma que a divergência é devido a inconsistências no sistema nacional (Cadprev Web), que não atualizou as informações referentes aos pagamentos. Por outro lado, o governo disse que já pagou 99,6% das dívidas anteriores com o Igeprev. 

“Ainda que o representante [Wanderlei] alegue que os valores foram pagos e que devido a inconsistências e instabilidades no novo sistema do Governo Federal (Cadprev Web) as informações do pagamento desses débitos estão desatualizadas, tem-se que, conforme as informações constantes em dados oficias, ainda não foram registrados os repasses, de forma que, em primeira análise, entendo que deve prevalecer a liberdade de manifestação, tendo em vista a controvérsia sobre o ponto”, afirma a decisão.

VEJA SOBRE A POLÊMICA

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2024 AF. Todos os direitos reservados.