Pacientes que realizam tratamento contra o câncer em Araguaína terão, em breve, melhor estrutura para atendimento na rede pública.

Esta semana, em audiência judicial, ficou acordado que o Governo do Tocantins deverá publicar edital de licitação para reforma do antigo Hospital São José, com início das obras previsto para março de 2019.

Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), já foram bloqueados R$ 1.410.000,00 na conta do tesouro estadual para garantir a execução da reforma. O Estado ainda recorreu, mas o Tribunal de Justiça manteve a decisão.

A promotora Araína Cesárea D’Alessandro, responsável pela Ação Civil Pública, disse que atualmente 56 pacientes estão em tratamento oncológico em Araguaína. Além desses, 1.390 pacientes já foram enviados para Imperatriz (MA), desde agosto de 2015.

Durante a audiência em Araguaína, o MPE ainda requisitou informações  sobre a ausência da realização do exame de imunohistoquímica, bem como de outros procedimentos necessários aos pacientes da oncologia, a fim de garantir o início do tratamento no prazo de 60 dias.

Os representantes do Estado informaram que, após anos de espera, foi finalizada a instalação do acelerador linear, aparelho utilizado no tratamento de radioterapia.

A promotora Araína D’Alessandro destacou a importância dessa conquista. “O treinamento da equipe que irá manusear o equipamento termina no dia 10 de dezembro. Mais um passo na nossa luta pela reestruturação do tratamento oncológico em Araguaína”, comentou.

Até o dia 10 de dezembro, a equipe da Oncologia apresentará os critérios para inclusão de pacientes no tratamento paliativo, bem como o local em que serão recebidos esses pacientes no hospital. O tratamento deve obedecer à Portaria 41/2018, do Ministério da Saúde, que dispõe acerca dos cuidados paliativos

SAIBA MAIS

Os pedidos de bloqueio foram realizados por meio da 5ª Promotoria de Justiça de Araguaína, numa Ação Civil Pública que tramita na Justiça tocantinense desde o ano de 2015.

O Estado do Tocantins descumpriu uma série de decisões já proferidas, como a instalação de acelerador linear em anexo do Hospital Regional de Araguaína.

Devido aos atrasos e ao não cumprimento de decisões judiciais, foi necessário o bloqueio para garantir a unificação dos serviços oncológicos no prédio do antigo Hospital São José, mesmo local onde irá funcionar o aparelho de radioterapia.