UFT

Maionese de açaí inventada no Tocantins recebe patente do INPI pelo prazo de 20 anos

A UFT possui mais 40 pedidos de patentes em análise pelo INPI.

Por Redação 1.811
Comentários (0)

09/07/2021 11h09 - Atualizado há 2 anos
Maionese de açaí tipicamente tocantinense

O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) concedeu a primeira carta patente para uma invenção desenvolvida na Universidade Federal do Tocantins (UFT). A concessão foi publicada na Revista de Propriedade Industrial (RPI), número 2.635, na seção de Patentes, nessa quarta-feira (6).

A composição de 'Maionese com polpa de Açaí' foi desenvolvida pelo professor de Engenharia de Alimentos, Robert Taylor Rocha Bezerra, no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA), juntamente com os egressos do curso Eder Alencar Resende, Marcela Mona Sá Santos e Fabiana de Oliveira Pereira.

A maionese de açaí e de fácil processo de fabricação e aporte calórico menor do que a maionese tradicional.

A patente foi requerida em 11 de abril de 2016, publicada em 18 de setembro de 2018 e concedida em 06 de julho de 2021 - com um prazo de validade de 20 anos, contados a partir da data do requerimento.

"Uma tecnologia não precisa necessariamente de patente para ir ao mercado, mas este título de propriedade mostra que a invenção possui relevância e comprovação científica, visto que são necessárias análises formais, técnicas e de mérito para que se conceda uma carta patente”, ressaltou Claudia Cristina Auler do Amaral Santos, coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT).

Segundo ela, a concessão da patente pode agregar valor financeiro à tecnologia que, ao ser licenciada para exploração comercial, gera receita, através de royalties, para a Universidade e também para os autores. Assim, os valores arrecadados são revertidos em investimentos para pesquisas e inovação tecnológica. "A concessão desta patente é um marco para a UFT e mostra o potencial dos nossos pesquisadores”.

Para o professor Robert Bezerra, um dos inventores da maionese, a patente representa um grande marco e simboliza a possibilidade de desenvolver tecnologias utilizando o conhecimento: “Esta patente é fruto de criatividade, conhecimento e oportunidade. Criatividade porque toda invenção e/ou inovação tem, na criatividade, um dos alicerces para o desenvolvimento de um produto. O conhecimento baliza a criatividade evitando extrapolar limites não explicados pela ciência. A oportunidade é o ambiente acadêmico propício, com laboratórios, programas de pós-graduação e pesquisa voltados para estudar e desenvolver soluções práticas para a sociedade”, afirma.

Além desta patente, a UFT possui mais 40 pedidos em análise pelo INPI - sendo 31 de titularidade exclusiva da UFT e 9 são em co-titularidade com outras empresas e ICTs.

COMO FAZER?

A maionese de açaí é produzida por meio dos seguintes componentes: óleos/azeites vegetais, ovo em pó, polpa de açaí, água, ácido cítrico, ácido lático, sorbato de potássio, vinagre branco, sal refinado, açúcar cristal, edulcorantes e goma xantana.

O processo de fabricação é de fácil execução de acordo com a mistura dos componentes e possui aporte calórico menor que a maionese tradicional. O seu consumo reduz a ingestão de ácidos graxos saturados e aumenta o consumo de ácidos graxos poli-insaturados e monoinsaturados além de ácidos graxos essenciais, como o ômega 3 e ômega 6, além das antocianinas e antocianidinas presentes naturalmente na polpa do açaí.

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2024 AF. Todos os direitos reservados.