Crime ocorreu em 2020

MPF busca julgamento no Brasil para marido que matou tocantinense no Suriname

Devido à pandemia, testemunhas ainda não foram ouvidas.

Por Joselita Matos 990
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22/09/2021 16h31 - Atualizado há 2 anos
Aimar matou Romenia com vários golpes de faca.

O procurador da República no Tocantins Thales Cavalcanti Coelho instaurou um procedimento administrativo para acompanhar o trâmite penal contra Aimar Lopes de Sousa, acusado de ter matado a tocantinense Romenia Brito, na República do Suriname. Ela tinha 28 anos e foi morta em 23 de novembro de 2020.

O membro do Ministério Público Federal (MPF) ainda solicitou à Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República para que
avalie a possibilidade de se requerer à República do Suriname a transferência do procedimento penal ao Brasil.

De acordo com o procurador, há indícios de que Aimar pode ser solto a qualquer momento, “em razão de suposta desídia das autoridades locais, que teriam paralisado as investigações”

Thales Cavalcanti afirma que o processo contra o acusado ainda está na fase de coleta de depoimentos de testemunhas, mas devido à pandemia no país, os testemunhos foram adiados e não há previsão de nova data para serem realizados.

Aimar está detido cautelarmente no presídio Huis Van Bewaring, localizado em Santo Boma, distrito de Paramaribo, desde novembro de 2020. 

O CRIME

Romenia Brito, 28 anos, foi morta com 13 golpes de faca no dia 23 de novembro de 2020, na República do Suriname, em uma vila que fica às margens do rio Lawa, na fronteira da Guiana Francesa com Suriname.

O assassinato aconteceu durante a madrugada e teria sido presenciado pelo filho mais velho da vítima, que tinha 10 anos na época. A motivação para o crime teria sido uma suposta traição. A população do povoado ficou revoltada com o crime e tentou linchar o Txuca. A polícia evitou e prendeu o homem.

Depois de 15 dias do assassinado, o corpo da brasileira foi liberado pelo Instituto Médico Legal de Paramaribo, capital do Suriname. Natural de Buriti do Tocantins, no Bico do Papagaio, ela morava fora do país há 12 anos; saiu do Brasil com apenas 16 anos de idade. 

OUTROS CRIMES

Segundo o procurador, Aimar, que também é brasileiro, já foi investigado em outro crime de homicídio, em Imperatriz (MA); e respondia a uma ação penal na Justiça de Roraima, pela prática do crime de estelionato, mas foi extinta em razão da prescrição.

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