Parecer

Promotor diz que Prefeitura de Palmas faz manobras sobre criação de 2,3 mil vagas em creches

Ação foi ajuizada há mais de nove anos e com decisão confirmada em segundo grau.

Por Redação 831
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21/09/2023 10h04 - Atualizado há 7 meses
Sede do MPTO em Palmas.

O Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO) emitiu na terça-feira (19/09), parecer à Justiça apresentando novas provas no processo referente à oferta de vagas na educação infantil, a fim de obrigar o município de Palmas a cumprir a sentença que determinou a disponibilização de 2.300 vagas, ajuizada há mais de nove anos e com decisão confirmada em segundo grau.

O parecer, elaborado pelo promotor de Justiça Benedicto Guedes, atuante na área da Educação, apresenta dados atualizados e comprova que as informações encaminhadas pelo Município são manobras que desrespeitam o direito de milhares de crianças palmenses.

Entre as estratégias executadas pela prefeitura, segundo o promotor, estão a transformação de vagas de tempo integral nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) em vagas de tempo parcial, prejudicando a qualidade da prestação dos serviços educacionais e desrespeitando o Plano Municipal de Educação de Palmas.

O parecer também destaca que o Município de Palmas deve distribuir melhor as vagas, pois há bairros que não possuem unidades de educação infantil e aqueles em que, mesmo havendo creches, a quantidade de vagas é insuficiente. 

Além disso, o promotor de Justiça ressalta que o Município de Palmas deve ser mais transparente quanto à gestão de vagas ofertadas e planejar a construção de unidades educacionais e a criação de vagas levando em consideração o crescimento populacional e expansão territorial da cidade, visto que somente em 2023 nasceram 2.033 crianças na capital, segundo dados do Ministério da Saúde.

Dessa forma, o parecer requer que a Justiça aceite as novas provas e faça com que o Município de Palmas cumpra a sentença em sua integralidade e de forma definitiva. E em caso de descumprimento, devem ser aplicadas as devidas sanções aos gestores responsáveis pela política educacional em Palmas.

(Shara Alves de Oliveira/MPTO)

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