Acolhimento

Mulheres vítimas de violência doméstica podem ser acolhidas em abrigo gratuito em Araguaína

Sete mulheres vítimas de violência doméstica foram acolhidas no abrigo no prazo de um ano.

Por Redação
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09/05/2023 13h26 - Atualizado há 11 meses
Sinal vermelho na palma da mão é uma forma de pedir ajuda

A Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Habitação segue reforçando e ampliando o atendimento às mulheres em situação de violência em Araguaína. Entre os serviços disponíveis está o acolhimento provisório à mulher em situação de agressão, por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).

“Infelizmente, é uma realidade nacional e, apesar das campanhas educativas e outras ações realizadas, os casos de agressão às mulheres é uma realidade cotidiana. Mas, como Município, seguimos ampliando nossos serviços. Entre eles temos o que acolhe a mulher em situação de agressão, pelo o risco de voltar a convivência com o agressor, principalmente após ocorrer a violência”, explicou a diretora da Proteção Social Especial do Município, Jocélia Alves.

Abrigo temporário

O abrigo é temporário e para ter acesso é necessário a solicitação da vítima, por meio da Rede de Atenção e Proteção à Mulher do Município, que geralmente se dá por meio da Polícia Civil, quando a vítima realiza o boletim de ocorrência.

“Temos uma equipe de plantão para atender aos chamados quando for necessário encaminhar alguma mulher para o nosso abrigo temporário. Reforçamos que somos uma rede que conta com a Assistência Social, a Delegacia da Mulher, Defensoria Pública e outros”, reforçou a diretora.

De acordo com dados da Secretaria da Assistência Social, em um ano, de abril de 2022 até abril deste ano, 7 mulheres vítimas de violência doméstica foram acolhidas no abrigo provisório, sendo uma delas vítima de cárcere privado.

Do atendimento

Ao ser solicitado, o CREAS realiza o acolhimento, a escuta qualificada e o encaminhamento da vítima para o abrigo transitório. “Ao realizar a escuta da vítima, buscamos identificar, junto com a mulher, a rede sociofamiliar e comunitária, ao qual ela se sinta segura. Caso não haja esse lugar familiar, a vítima é encaminhada para o abrigo”, explicou Jocélia Alves.

Tanto o deslocamento quanto a estadia no abrigo são benefícios eventuais garantidos pelo Decreto Municipal 113/22.

Outros serviços

Além do abrigo temporário, a equipe também realiza os encaminhamentos para a Rede de Saúde e de serviços socioassistenciais. São realizadas, ainda, ações de orientação sobre a relevância da comunicação às autoridades policiais, reforçando a liberdade de decisão da mulher, de modo que ela exerça o seu protagonismo enquanto sujeito social.

Como sinalizar a violência contra a mulher

Ao redor do mundo, alguns gestos simples e discretos são suficientes para denunciar uma situação de agressão ou abuso contra a mulher. Um deles é abrir a palma da mão, colocar o polegar abaixo dos outros dedos e fechar a mão, escondendo o polegar.

Outra opção é a Campanha Sinal Vermelho criada pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), que consiste em fazer um sinal vermelho na palma da mão e pedir ajuda em órgãos públicos, agências bancárias e farmácias, por exemplo.

Denúncias

Para fazer denúncias, a orientação principal é entrar em contato com a Polícia Militar no 190. Em Araguaína, também há a opção de acionar a Guarda Municipal no 153. É indicado também formalizar a denúncia na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, da Polícia Civil. E o Governo Federal criou a Central de Atendimento à Mulher no número 180, que registra e encaminha os casos aos órgãos competentes.

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