Havia 70 pessoas no barco e 30 delas foram resgatadas ou conseguiram se salvar.
Uma lancha carregada de passageiros naufragou na região de Belém (PA) nesta quinta-feira (08). Quatorze mortes foram confirmadas pela Secretaria de Segurança Pública (Segup) e a Marinha.
Havia 70 pessoas no barco e 30 delas foram resgatadas ou conseguiram se salvar, segundo a Segup. Os bombeiros procuram por 26 desaparecidos com apoio de mergulhadores. Ao menos nove embarcações e um helicóptero também são usados nas buscas.
A lancha não possuía autorização para transporte intermunicipal de passageiros e saiu de um porto clandestino, segundo a Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Estado do Pará (Arcon-Pa).
O governador Helder Barbalho (MDB) cancelou um compromisso político que tinha em Redenção, no sul do Pará, para prestar solidariedade às vítimas e acompanhar os resgates.
EMPRESA JÁ HAVIA SIDO NOTIFICADA
Imagens que circulam em redes sociais e gravadas por um passageiro mostram quando a água começa a entrar no barco. A Marinha diz que vai investigar o naufrágio.
A embarcação fazia o trajeto entre a localidade de Camará, na cidade de Cachoeira do Arari, no arquipélago de Marajó, para Belém. O naufrágio ocorreu próximo à Ilha de Cotijuba, por volta de 9h30.
A lancha Santa Lourdes é da empresa M. Souza Navegação, que já havia sido notificada pela Arcon por operar sem autorização. A causa do naufrágio não foi informada pelas autoridades.
"A Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Estado do Pará (Arcon-Pa) informa que já havia notificado a empresa responsável pela embarcação e comunicou a Capitania dos Portos sobre a irregularidade do transporte aquaviário que estava sendo realizado. A embarcação não possui autorização para realizar transporte intermunicipal aquaviário de passageiros junto ao órgão estadual e realizou a viagem partindo de um porto clandestino na localidade de Camará, Marajó", informou a agência em nota.
A Marinha também informou em nota que "equipes de Inspetores Navais da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR) e do Aviso Hidroceanográfico Fluvial 'Rio Xingu' estão realizando buscas no local".
"Até o momento, há confirmação de 14 óbitos. A CPAOR irá instaurar Inquérito Administrativo para apurar as possíveis causas e responsáveis pelo ocorrido. A Marinha lamenta o ocorrido e informa que continua com as buscas no local", informou a Capitania dos Portos em nota.
Com informações do G1-PA.