Ruas da Capital

Nem a quarentena conseguiu reduzir acidentes de trânsito em Palmas, diz delegado da DRTC

Embriaguez ao volante é uma das ocorrências mais registradas.

Por Redação 705
Comentários (0)

23/04/2020 09h36 - Atualizado há 3 anos
Delegado Márcio Girotto comenta situação da capital

Palmas é vice-campeã em mortes por acidentes de trânsito, de acordo com mapeamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM). E essa realidade não mudou, nem mesmo durante a quarentena.

Com tantos acidentes, o Delegado-Chefe da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes de Trânsito (DRCT), Márcio Girotto, explica que "pela logística de Palmas, as pessoas utilizam-se demasiadamente de veículos automotores para se locomoverem por se tratar de uma cidade planejada e de clima quente".

A DRCT atende casos previstos pelo Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97), com exceção de casos que se enquadram em outras delegacias especializadas.

"A DRCT atua basicamente nas infrações criminais de trânsito, tais como conduzir veículo estando embriagado, praticar homicídio culposo no trânsito, lesão corporal culposa no trânsito, afastar-se do local para se eximir às responsabilidades civil e penal, manobras perigosas, entre outras tipificações, descritas entre os artigos 302 a 312 do CTB”, exemplifica o delegado.

Os crimes de embriaguez ao volante, lesão corporal e homicídio na condução de veículo automotor representam o maior número de procedimentos realizados. 

Já em relação aos boletins de ocorrências, a grande maioria dos registros são de acidente de trânsito sem vítimas, ou seja, só há dano aos veículos e acidentes com autolesão, quando a pessoa sozinha vem a se acidentar.

"Quando as pessoas procuram a delegacia para o ressarcimento do prejuízo sofrido no acidente, não temos competência criminal para atuarmos e o remédio constitucional é ajuizar uma ação na área civil. No segundo exemplo, autolesão, delito bastante corriqueiro na Delegacia de Trânsito, visto que proporcionalmente a cidade de Palmas possui um dos trânsitos mais violentos do Brasil, tem-se efeito única e exclusivamente para os fins do Seguro DPVAT", afirma.

O que fazem os Delegados?

"Muito mais do que funcionário público, o Delegado de Polícia é instrumento de justiça, equilíbrio essencial na paz social, primeiro garantidor dos direitos fundamentais do cidadão”, resume o delegado.

"A população quando chega a nos procurar é porque realmente todas as outras esferas [online] já se esgotaram e muitas vezes é o sopro de esperança para uma pessoa ou uma família já duramente penalizada. Mesmo em tempos de pandemia, não podemos e não iremos procrastinar ainda mais esse sofrimento".

Márcio Girotto Vilela

Delegado há quase 20 anos, já atuou da DP de Itacajá, na DRPC de Porto Nacional, Delegacias Especializadas na capital como a de Homicídios, Delegacia de Entorpecentes e DEIC, além de cargos de confiança como Corregedor Adjunto, Corregedor Geral, e Diretor de Polícia do Interior, cargo que ocupou durante quatro anos. 

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2024 AF. Todos os direitos reservados.